O Ministério da Economia faz previsões para atividade econômica do País no próximo ano em um nível bem superior às do mercado.
O governo prevê alta do Produto Interno Bruto (PIB) e recuo da inflação no Brasil para este ano. O Ministério da Economia mantém as premissas para atividade no próximo ano em um nível bem superior ao do mercado. Assim como prevê um patamar menor para a inflação, divergindo dos números dos economistas consultados pelo Banco Central.
De acordo com a grade de parâmetros divulgada nesta quinta-feira (15/9) pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para a expansão da atividade em 2022 passou de 2% para 2,70%.
A projeção anterior havia sido elevada no relatório de julho. De acordo com o Boletim Macrofiscal, o aumento na projeção para a atividade econômica em 2022 se deve principalmente ao resultado do segundo trimestre do PIB, superior ao estimado e à tendência positiva dos indicadores já divulgados para o terceiro semestre.
“O crescimento da atividade é reflexo do aumento do emprego, do desempenho do setor de serviços e da elevação da taxa de investimento”, afirmou o Ministério da Economia. O ministério manteve as estimativas de crescimento da economia de 2023, 2024, 2025 e 2026: todas em 2,50%.
O Ministério da Economia ainda revisou para baixo sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano recuou de 7,20% para 6,30%. Para 2023, entretanto, a projeção seguiu em 4,50%, bem abaixo da projeção do mercado. “A partir de 2024, espera-se convergência da inflação (IPCA) para a meta de 3,00%”, avaliou a SPE.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 6,40% em 2022 e de 5,17% em 2023. Todas as projeções para a inflação em 2022 seguem bem acima do centro da meta deste ano, de 3,50%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (de 2,00% a 5,00%). No caso de 2023, a meta é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (1,75% a 4,75%).
O Ministério da Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano caiu de 7,41% para 6,54%. Para 2023, a projeção continuou em 4,86%. Já a estimativa da Economia para a alta do IGP-DI em 2022 passou de 11,51% para 9,44%. Para o próximo ano, a projeção continuou em 4,55%.
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