quarta-feira, 1 de maio de 2024
A Taxa Selic continua num patamar muito elevado, depois de 12 altas seguidas para conter a inflação no Brasil.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (21/9) manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Continua num patamar muito elevado, depois de 12 altas seguidas para conter a inflação no Brasil. Foi o maior ciclo de altas em duas décadas.
Entretanto, o Comitê fez alguns alertas, sinalizando que se a Taxa Selic pode não subir, a sua redução será lenta e gradual. Segundo previsão do mercado, a atual taxa deve ser mantida pelo menos até o primeiro semestre do ano que vem. Quando, a depender do cenário econômico, poderá começar a cair e encerrar em 11,25% ao ano em 2023.
Entre os alertas feitos pelo Copom, estão o ambiente externo volátil, com contínuas revisões negativas para o crescimento das principais economias, em especial para a China; crescimento do PIB brasileiro em ritmo acima do esperado no segundo trimestre; e a inflação ao consumidor, apesar da queda recente em itens mais voláteis e dos efeitos de medidas tributárias, continua elevada.
As expectativas de inflação para 2022, 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 6,0%, 5,0% e 3,5%, respectivamente. Prevê que o preço do petróleo não deve ceder, podendo até aumentar no próximo ano. Além disso, tem a bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2022 e “amarela” em dezembro de 2023 e de 2024.
Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 5,8% para 2022, 4,6% para 2023 e 2,8% para 2024. “O Comitê optou novamente por dar ênfase ao horizonte de seis trimestres à frente. Nesse horizonte, referente ao primeiro trimestre de 2024, a projeção de inflação acumulada em doze meses situa-se em 3,5%. Julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual”, informou em nota.
O Copom informou que considerou os cenários, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis. E decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% a.a. “Entende que essa decisão reflete a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva. E é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2023 e, em grau menor, o de 2024”, enfatizou.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, informou o Comitê.
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