Empresários esperam investimentos da Equatorial

Os empresários goianos esperam mais investimentos da Equatorial na expansão e melhoria da qualidade da rede de energia elétrica em Goiás. É o que afirmam representantes do setor produtivo em Goiás. A Equatorial Energia comprou na sexta-feira (23/9) a operação da Enel Goiás por R$ 7,3 bilhões. O negócio ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores, mas teve intensa repercussão.

Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel disse ao EMPREENDER EM GOIÁS que ainda na sexta-feira procurou a Equatorial para agendar uma reunião. “Queremos nos sentar com seus representantes e entender qual é o plano deles”, afirma o líder empresarial. Ele garante que a entidade vai apoiar a nova distribuidora.

“A Fieg apoiou a Enel o tempo todo e acredito que isso foi fundamental. A Equatorial, da mesma forma, terá todo o nosso apoio”, assegura Mabel. O presidente acrescenta que a entidade continuará oferecendo capacitação para os eletricistas em seus centros de treinamento. “É preciso que se possa dar eficiência energética em Goiás, o que ajuda muito o desenvolvimento. Nossa visão é de que estaremos juntos e espero que eles tenham bastante dinheiro para investir”, frisa.

Enel Goiás

Para Sandro Mabel, a Enel cumpriu seu papel em Goiás, fazendo investimentos acima do que foi contratado quando venceu o leilão da Celg D. “No ano passado, ela tinha obrigação de fazer R$ 1,2 bilhão de investimento e fez aproximadamente R$ 2,2 bilhões, quase R$ 1 bilhão a mais”, pondera.

Entretanto, avalia Mabel, a situação de Goiás era muito precária. “A Celg investia R$ 100 milhões por ano, era completamente aquém do necessário”, pontua. Mesmo apontando os investimentos da Enel, o presidente da Fieg ressalta que ainda faltam energia e investimentos. “Espero que a Equatorial, uma vez que já comprou, possa fazer um bom trabalho, com um bom volume de investimentos”, finaliza.

“O que nós sabemos é que Goiás precisa de investimentos e de uma gestão que venha trazer soluções onde é necessário”, afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Goiás (Fecomércio GO), Marcelo Baiocchi. “É uma empresa (Equatorial) que, no ranking das operadoras, aparece em um Estado em sétimo e no outro em penúltimo. Então, é difícil uma avaliação neste momento”, diz.

Baiochi enfatiza a necessidade que o setor tem de energia para continuar fazendo investimentos. “Precisamos disso para que possamos ser referência de bons serviços dentro desta área no país”, afirma.

Saiba mais: Confira as prioridades da Equatorial para Goiás