quarta-feira, 1 de maio de 2024
Black Friday fica aquém do esperado

Black Friday fica aquém do esperado

A Black Friday de 2022 deixou os comerciantes goianos com a sensação de que as vendas poderiam ter sido melhores.

29 de novembro de 2022

Endividamento dos consumidores e antecipação das promoções podem ter impactado nas vendas da Black Friday

Com a maioria das compras realizadas por meio da internet, a Black Friday de 2022 deixou os comerciantes goianos com a sensação de que as vendas poderiam ter sido melhores. Ainda mais por se tratar de uma data já incorporada ao calendário comercial brasileiro. Mesmo sem ainda ter números oficiais, representantes dos lojistas afirmaram ao EMPREENDER EM GOIÁS que esperam um melhor desempenho no Natal. Trata-se da melhor data para o segmento.

“A Black Friday acabou sendo um grande evento de internet. Talvez por isso haja essa sensação por parte do comércio de ter vendido pouco”, disse o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de Goiás, Marcelo Baiocchi. Já o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas), Cristiano Caixeta, adianta que os primeiros números apontam para um aumento nas vendas, em relação à Black Friday do ano passado. Mas em patamares menores do que esperados.

No caso de eletro-eletrônicos, a projeção era de crescimento de 20%. Contudo as estimativas apontam para um incremento de 15%. “Os lojistas do ramo de vestuário estimam aumento de 3% a 5%”, relatou Cristiano Caixeta. A Copa do Mundo realizada fora de época, em um momento de aquecimento nas vendas, é positiva. Porém, as os dias em que há jogos são ruins para a maioria dos segmentos do comércio (como antecipado pelo EMPREENDER EM GOIÁS).

Comércio eletrônico

Na última sexta-feira, o comércio eletrônico registrou queda de 14% no faturamento. Teve resultados melhores no fim de semana (dias 26 e 27), com alta nas vendas de 27% e ticket médio 52% maior. Entretanto, houve queda de 17% no número de pedidos. Uma semana antes da Black Friday, período em que os varejistas antecipam promoções, as vendas subiram 6,7%. Ou seja: o consumidor brasileiro pode ter antecipado as compras.

Os dados são da Linx, do segmento de software para varejo, com base em mais de 2,8 mil grandes varejistas e marketplaces no País. As vendas no dia oficial da Black Friday (25/11) não subiram em volume em relação ao ano passado, confirmando a previsão de compras diluídas ao longo de novembro. A Linx constatou aumento de 9% nas vendas no varejo físico de 1 a 24 de novembro no Brasil, comparado com o mesmo período do ano anterior.

No comércio on-line, as vendas no dia 25 ficaram abaixo das realizadas em 2021 em termos de volume. Porém, foi registrado tíquete médio 46% maior que no ano anterior. No entanto, quando a análise leva em conta os 10 grandes varejistas brasileiros, o cenário muda: são menos pedidos, mas com maior quantidade de itens e um aumento de 26% no faturamento.

Aposta no Natal

Os presidentes da Fecomércio-GO e Sindilojas-GO apostam em boa recuperação com a proximidade do Natal. Nesta quarta-feira é dia de os trabalhadores da iniciativa privada receberem a primeira parcela do 13º salário. “Temos uma perspectiva de final de ano muito positivo”, avalia Caixeta.

Marcelo Baiocchi acredita que no Natal o comércio físico deve superar o da internet, principalmente nas compras de última hora. “Esperamos vendas mais satisfatórias”, avalia. Mas ele pondera que o aumento do endividamento das famílias é um limitador para novas compras. “Acredito também que muitas pessoas estão fazendo economia agora para comprar os presentes de Natal”, frisou.

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