Usina de etanol de milho entra em fase de testes em Goiás

Entrou em fase de testes a usina de etanol de milho, na região de Quirinópolis, do Grupo São Martinho. Segundo o CEO da empresa, Fábio Venturelli, a usina deve começar a operar com o grão em meados de fevereiro. A informação é do Valor Econômico. Em julho de 2021, o EMPREENDER EM GOIÁS (EG) informou que o grupo captou R$ 1 bilhão no mercado para financiar seus novos investimentos.
Deste total, R$ 140 milhões seriam destinados para a construção da nova usina em Quirinópolis, onde já tem planta industrial. Mas, no total, os investimentos neste novo projeto da empresa chegam a R$ 740 milhões.

A produção de etanol a partir do milho terá capacidade de adicionar aproximadamente 220 milhões de litros ao ano. Isto vai elevar a capacidade da Usina Boa Vista, que também fica no município goiano e já produz o biocombustível a partir da cana-de-açúcar, para 660 milhões de litros anuais.

O executivo afirmou que, no momento, não está preocupado com o preço do milho. Já que a São Martinho também construiu um armazém com capacidade para estocar 50% da necessidade que a planta terá do cereal. “O milho já está lá faz tempo”, relata. Com a demanda da China pelo cereal brasileiro, analistas preveem a valorização do grão.

Venturelli não descartou a possibilidade de atuar eventualmente na comercialização de milho caso o processamento do grão para a produção de etanol não valha a pena, mas disse esperar que isso não aconteça.

Crédito de carbono

Fábio Venturelli disse que está otimista com a capacidade que o etanol do milho terá para a redução da pegada de carbono da produção da Usina Boa Vista. O diferencial ambiental do etanol da unidade, explicou, deverá ser pelo uso da biomassa da cana para a geração da energia gasta na planta e pelo uso de milho safrinha, cujo cultivo representa um segundo uso do solo em uma mesma safra.