quinta-feira, 2 de maio de 2024
Dívida média do goianiense cresce e chega a R$ 4,6 mil

Dívida média do goianiense cresce e chega a R$ 4,6 mil

O valor médio da dívida da população inadimplente na capital goiana teve aumento de 12,2% nos últimos 12 meses.

11 de julho de 2023

A inadimplência do consumidor goianiense teve um pequeno recuo, de 1,2% em junho deste ano em relação a maio. Entretanto, continua alta e cresceu 3,3% em comparação a junho do ano passado. É o que mostra um levantamento divulgado nesta terça-feira (11/7) pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), com o apoio da base de dados da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Goiânia.

A análise das variáveis dívida total e tempo de negativação mostra um cenário desafiador: cada consumidor goiniense sem crédito devia, em junho, R$ 4.607,85. Isto representa um aumento de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, esta alta ficou abaixo do aumento médio na região Centro‐Oeste (13,5%) e nacional (17,1%). Na passagem de maio para junho, o número de dívidas dos goianienses caiu 2,13%.

Superintendente-executiva da CDL Goiânia, Hélia Gonçalves aponta que um dos grandes desafios para os lojistas é o cliente inadimplente. Que, além de não pagar, perde seu poder de compra. “A inadimplência afeta todos os envolvidos nessa cadeia, desde fornecedores até clientes”, pontua.

Atraso

O tempo médio de atraso dos devedores negativados de Goiânia é igual a 27 meses, sendo que 34,6% estão inadimplentes entre 1 e 3 anos. Os dados ainda mostram que 30,8% dos inadimplentes da capital tinham dívidas no valor de até R$ 500, percentual que chega a 44,4% quando se fala de débitos de até R$ 1.000.

Em junho, cada consumidor inadimplente da capital tinha em média 2,1 dívidas em atraso. O setor com participação mais expressiva no número de dívidas em junho, na cidade de Goiânia, foi o de bancos, com 64,3%. Na sequência estão comunicações (9,9%), comércio (8,8%), outros (8,7%) e água e luz (8,1%).

Soluções

O segredo para amenizar esses efeitos, segundo Hélia Gonçalves, está na concessão de crédito. “A adoção de uma política de crédito bem definida, com soluções específicas para ele quitar sua dívida e recuperar o poder de compra, vai ajudar também por meio de uma venda mais segura”, afirma.

Conforme a superintendente, a CDL oferece soluções, desde o fornecimento do crédito até a recuperação da inadimplência dos associados com custo acessível. Já para o consumidor, ela indica que primeiramente ele conheça sua situação financeira para ajustar seu padrão de vida. Cortando gastos desnecessários e buscando negociação com credores, priorizando os que praticam os maiores juros.

“As pesquisas mostram que a inadimplência maior está nos bancos, devido ao uso do cartão de crédito e do rotativo como complemento de renda. Além dos juros altos, que dificultam salvar as dívidas”, frisa.

Famílias inadimplentes

O levantamento da CDL Goiânia foi divulgado no mesmo dia em que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou uma pesquisa que apontou avanço de 0,2 ponto percentual no número de famílias com dívidas a vencer. Com isto, chegou a 78,5% em junho. As que se consideram muito endividadas são 18,5% desse total. É o maior volume da série histórica, iniciada em janeiro de 2010.

De acordo com a CNC, o aumento do número de endividados interrompeu uma sequência de quatro meses de estabilidade do indicador. Já o volume da inadimplência seguiu o movimento de avanço do endividamento em junho. O total de famílias com dívidas atrasadas chegou a 29,2%, o que significa alta de 0,1 pp.

Segundo a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, isso pode ser explicado pelo comportamento da renda de parte dos consumidores. “É resultado da melhora da renda dos consumidores que recebem até 10 salários mínimos, que ocorre por conta da dinâmica favorável da inflação em desaceleração desde o fim do ano passado”, observou. (Com Agência Brasil)

Saiba mais: Inadimplência não para de crescer em Goiânia

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