segunda-feira, 29 de abril de 2024
Goiânia é a capital com mais bares do Centro-Oeste

Goiânia é a capital com mais bares do Centro-Oeste

Levantamento feito pela Abrasel coloca a capital goiana como a sétima com maior proporção de botecos por habitantes do País.

25 de julho de 2023

Goiânia é a capital com maior oferta de bares da Região Centro-Oeste e a sétima no país. Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que comparou os dados da população, revelados pelo novo censo do IBGE com o número de estabelecimentos ativos na Receita Federal.

Com população de 1,437 milhão de habitantes, Goiânia tem registrados 1.453 bares, o que corresponde a uma proporção de 101 bares por 100 mil habitantes.

A capital mineira Belo Horizonte aparece em primeiro lugar, com a proporção de 178,6 bares por 100 mil habitantes. Seguida por Florianópolis (SC), com 150,4, e Vitória (ES), com 149,9. Já as menores proporções ficam em cidades das regiões Nordeste e Norte. Natal (RN) tem a menor proporção do Brasil, com 64,2 bares por 100 mil habitantes. A segunda menor é a de Teresina (PI), com 65,3; a terceira, de Porto Velho, com 66,6 bares por 100 mil habitantes.

Presidente da Abrasel Goiás, Danillo Ramos avalia que o resultado do levantamento nacional da entidade indica a pujança do setor. “Revela que os serviços de bares e restaurantes são muito demandados pela população”, frisa.

No entanto, Danillo avalia que o número de estabelecimentos na capital goiana pode ser ainda maior, já que um dos parâmetros para o levantamento foi o registro da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), utilizada para a obtenção do CNPJ. “Há mais CNAE de restaurantes do que só de bares”, diz. Para ele, o cruzamento de dados mostra que o goianiense gosta de bares, restaurantes e de sair de casa.

Endividamento

Apesar do forte faturamento do setor, Danillo diz que os donos de bares e restaurantes não têm a situação financeira em ordem e que grande parte deles enfrenta endividamento que persiste desde a pandemia de Covid-19. Ele relata que outra pesquisa da Abrasel, divulgada em maio deste ano, mostra que metade das empresas do ramo não está tendo lucros devido ao alto endividamento. “Mesmo tendo bom faturamento, não estão conseguindo honrar as dívidas contraídas, principalmente o pagamento de impostos federais e estaduais”, alerta.

Esse mesmo estudo da Abrasel mostra que esses empresários estão com 10% de seu faturamento, em média, comprometidos com o pagamento de dívidas. “Esse é o percentual médio de lucro das empresas”, esclarece. Ainda assim, o presidente da Abrasel Goiás vislumbra boas perspectivas, principalmente a partir do próximo ano. Mas ressalta que é preciso que haja queda nas taxas de juros. “Talvez no final deste segundo semestre a situação já esteja mais equilibrada e favorável”, prevê.

Saiba mais: Pós-pandemia: 20 bares são abertos por dia em Goiás

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