quarta-feira, 1 de maio de 2024
Mineração deve agregar R$ 30 bi à economia goiana

Mineração deve agregar R$ 30 bi à economia goiana

Nos últimos dois anos as maiores mineradoras instaladas em Goiás estão investindo aproximadamente R$ 5 bilhões.

1 de agosto de 2023

A mineração responde hoje por 21% das exportações goianas. Nos próximos dez anos, deverá gerar arrecadação de R$ 30 bilhões em impostos e valor agregado para a economia. Além disso, a transição para uma matriz energética limpa e a segurança alimentar colocam o setor mineral em Goiás em uma posição estratégica, para ampliar investimentos e se expandir. A análise é do presidente da Câmara Setorial de Mineração da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Wilson Antônio Borges.

“É preciso aproveitar o momento e trabalhar pelo fortalecimento da mineração e do agronegócio”, defende Wilson Antônio. “O Brasil tem potencial enorme para ser explorado nessas duas frentes: matriz energética e agronegócio”, frisa. E aponta um papel fundamental da mineração neste cenário: 4,3% das empresas de mineração do País estão em Goiás, onde geram 100 mil empregos em diferentes pólos minerais.

Além disso, Goiás é o primeiro estado brasileiro na produção de vermiculita e níquel, em Barro Alto. Também ocupa a segunda posição no país em produção de bauxita, fosfato, cobre e nióbio. Wilson Antônio cita estudo do Ibram o qual aponta que cada posto de trabalho gerado na mineração corresponde a mais 14 na cadeia produtiva. Além do valor agregado pela mineração, de R$ 400 mil por hectare, “quando o da agricultura e pecuária, somadas, é de R$ 6 mil”.

“Sem infraestrutura, a mineração não existe e as empresas têm investido alto, principalmente em geração de energia e pavimentação”, afirma. Um indicativo da importância do setor foram os resultados de recentes leilões da Agência Nacional de Mineração (ANM): 25% das oportunidades leiloadas ficam em Goiás. “Os investidores estão com apetite”, aponta o presidente da Câmara Setorial de Mineração da Fieg.

Investimentos

Secretário estadual de Indústria e Comércio (SIC), Joel Sant’Anna Braga ressalta que em apenas dois anos (2022 e 2023), as maiores mineradoras instaladas em Goiás estão investindo aproximadamente R$ 5 bilhões. Só a Anglo Gold, em Barro Alto e Niquelândia, é responsável por R$ 2,5 bilhões. A Lundin Mining, em Alto Horizonte, mais R$ 1 bilhão; e ainda a Hochscild, com R$ 1 bilhão em Mara Rosa.

“São empresas que modificam a região. Até energia trifásica a Lundin está instalando em Mara Rosa”, enumera Joel. O secretário cita ainda as formas de extração, que estão mais modernas e sustentáveis. “Tudo com uma base sólida, científica, projetos de pesquisa”, destaca.

O secretário de Infraestrutura, Pedro Sales, afirma que a primeira obra de reconstrução rodoviária com recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) tem ligação com o setor de mineração. Será na GO-080, entre Barro Alto e Goianésia. “Também vamos recuperar a GO-156, de Crixás a Auriverde, e ainda a rota do calcário, cujo projeto executivo foi elaborado e custeado pelo Sindicato das Indústrias de Calcário, ligando Vila Propício à BR-414 e a Brasília”, diz.

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