Segundo levantamento do IPC Maps, neste valor inclui investimento na aquisição da casa própria, seja para moradia, futura venda ou locação.
Os consumidores goianos devem gastar neste ano R$ 50,5 bilhões com habitação, segundo levantamento do IPC Maps 2023. Neste valor inclui investimento na aquisição da casa própria, seja para moradia, futura venda ou locação. Os maiores gastos vão ser realizados principalmente pelos consumidores das classes sociais C e B (renda mensal entre R$ 3 mil e R$ 22 mil). Eles representam cerca de 70% da população no Estado.
Para a gerente de Desenvolvimento Imobiliário da Vega Incorporações, Carolina Lacerda, o cenário é favorável para a aquisição de imóvel novo na Grande Goiânia. Seja para moradia ou investimento. “O mercado imobiliário goiano está em trajetória de crescimento contínuo, com anos consecutivos de alta no mercado imobiliário, principalmente na Grande Goiânia. As mudanças no programa Minha Casa Minha Vida, redução dos juros e aumento da demanda por habitação devem impulsionar ainda mais o mercado nos próximos meses”, analisa.
As regras do novo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal, entraram em vigor em julho. Atendem mais de 80% da população goiana, principalmente as que estão na faixa de renda mensal de até R$ 8 mil. Com financiamento de imóveis com valor de até R$ 350 mil e aumento do subsídio para complementação da compra, que pode chegar a R$ 55 mil.
A especialista da Vega afirma que o segmento que deve mais aquecer no mercado goiano é o de imóveis de até R$ 350 mil. “Com base na renda média das classes B e C e nas mudanças no programa Minha Casa Minha Vida, os imóveis de até R$ 350 mil devem ser os mais procurados. Especialmente apartamentos localizados em áreas de fácil acesso, com infraestrutura e serviços próximos, como escolas, comércio e transporte público devem ser os mais atrativos”, analisa.
Carolina Lacerda diz que o mercado imobiliário goiano está em franco crescimento há alguns anos, mas que o potencial é ainda maior para os próximos. Ela cita o Censo 2022 do IBGE, o qual aponta que apenas 50,7% dos domicílios em Goiás são próprios. Considerando os imóveis já pagos, e outros 11,5% são de moradores que ainda pagam financiamento. Por outro lado, houve crescimento de domicílios alugados no Estado: de 21,1% em 2016 para 27,3% em 2022, considerando o total de residências.
“A aquisição de imóvel na planta é uma boa estratégia em que o comprador pode investir um pouco menos no momento da compra”, recomenda. A especialista da Vega Incorporações afirma que o início da redução dos juros básicos, pelo Banco Central, também reflete positivamente no financiamento imobiliário. Sinaliza para taxas ainda menores a médio prazo, permitindo que mais famílias goianas tenham condições financeiras de adquirir um imóvel.
“De acordo com o Banco Central, as taxas do financiamento imobiliário em junho eram em média 9,65% ao ano, menor que a Taxa Selic. E vão cair mais ainda. Desta forma, o financiamento na planta tende a ser a melhor opção. Uma vez que não exige uma entrada alta e o cliente já garante a taxa menor e o subsídio do novo Minha Casa, Minha Vida”, frisa Carolina Lacerda.
“A procura por apartamentos de 1 a 3 quartos devem crescer de forma significativa daqui em diante. Nesse perfil, hoje os compradores podem encontrar imóveis de até 65 metros quadrados de área construída, tanto em Goiânia quanto Aparecida. Com uma variedade que busca atender as necessidades dos clientes e de acordo com a sua renda disponível para financiamento”, afirma a gerente da Vega.
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