segunda-feira, 29 de abril de 2024
Goiás é o terceiro com menos pessoas na Gig Economy

Goiás é o terceiro com menos pessoas na Gig Economy

EXCLUSIVO: pesquisa do IMB mostra que a tendência de formas alternativas de emprego, por aplicativos ou freelancer, não avançou em Goiás.

29 de agosto de 2023

Goiás é o estado com o menor índice de pessoas trabalhando na Gig Economy. Trata-se de um conceito novo, que refere-se às formas alternativas de emprego, que podem ser a prestação de serviços por aplicativos ou o trabalho freelancer. Essa tendência na era digital cresceu principalmente durante a pandemia, por favorecer a prestação de trabalhos temporários ou de curto prazo.

É o que mostra a pesquisa sobre o mercado de trabalho em Goiás, realizada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB). O EMPREENDER EM GOIÁS (EG) divulga em primeira mão. Enquanto o Amazonas tem 3% dos trabalhadores nesse tipo de atividade, em Goiás o índice é de 1%. É só maior que em Santa Catarina e Tocantins (0,4%).

O estudo mostra um dado que corrobora essa situação: Goiás tem hoje a melhor taxa de ocupação de sua mão de obra, desde o início da série histórica do IBGE. E alcançou a 10ª melhor posição no Brasil.

Nem-nem

A taxa de desalentados (pessoas que se cansaram de procurar emprego sem conseguir e já não buscam mais) também é uma das menores do país. Enquanto no Brasil ela chega a 3%, em Goiás, é de 1,1%. O estado só perde para o Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que tem 0,4%.

“Goiás é um estado voltado para o trabalho, a liberdade econômica e o empreendimento”, afirma o diretor-executivo do IMB, o economista Erik Alencar de Figueiredo. Ele destaca ainda que a avaliação da ocupação da população de Goiás mostra um aumento da prevalência dos empregos formais em relação aos informais, chegando ao dobro em 2023.

Outra situação mensurada pelo estudo é a dos jovens nem-nem. Eles correspondem à população com idade entre 15 e 29 anos, que nem trabalha nem estuda. Nas idades entre 15 a 29 (17,4%) e 18 a 24 (20,7%) anos, também atingiram os melhores patamares da série histórica. Depois do aumento em 2020 e 2021, no auge da pandemia de Covid-19.

Para Erik Figueiredo, o baixo percentual de pessoas no Gig Economy também demonstra as boas condições do mercado de trabalho em Goiás. “As pessoas que buscam essas atividades em regra são as que não conseguiram emprego em suas áreas de formação e atuação”, diz.

Boletins

O economista adianta que o IMB divulgará esses levantamentos detalhados com periodicidade fixa para cada pesquisa. A ideia é decompor as informações apuradas pelas pesquisas do IBGE gerando estatísticas relacionadas ao estado. “Queremos saber onde estão esses empregos, em que tipos de atividade, faixa salarial, há quanto tempo as pessoas procuram. Enfim, é fornecer informações específicas para direcionar políticas públicas, com esse corte diferenciado”, justifica.

O próximo trabalho que será divulgado trata da inflação para os idosos no estado, que tem um comportamento bem diferente das demais faixas etárias, esclarece o diretor do IMB.

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