sábado, 27 de abril de 2024
Cooperativas de infraestrutura têm forte crescimento

Cooperativas de infraestrutura têm forte crescimento

Os ativos totais das cooperativas goianas de infraestrutura cresceram 82,8% em 2022 e somavam R$ 287 milhões.

23 de setembro de 2023

Lançamento da Cartilha e do Selo de Conformidade Cooperativista trouxe maior segurança aos investidores de imóveis de cooperativas

O ramo infraestrutura no cooperativismo goiano foi o grande destaque em crescimento no Estado de Goiás em 2022. Com aumento de 66,67% no número de cooperativas em relação ao ano anterior, conforme o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023. O total de cooperados, por sua vez, saltou de 871 para 1.182 no mesmo período, um incremento de 35,7%.

Quando se comparam os ativos totais, os números são ainda mais surpreendentes. Passaram de R$ 157 milhões, em 2021, para R$ 287 milhões em 2022, aumento de 82,8%.

Luciano Caldas, diretor da Cooperacinco, dedicada ao mercado da construção civil, diz que em 2022, apesar da pandemia, as cooperativas habitacionais tiveram teve forte crescimento. A Cooperacinco cresceu 67,6% em ativos totais, saltando de R$ 102,3 milhões para R$ 171,5 milhões entre 2021 e 2022.

“Alguns fatores foram importantes nesse período. A baixa taxa de juros (aplicações) levou as pessoas a procurarem outros investimentos para alocar seus recursos. E um dos que mais atraíram esse capital foi o mercado imobiliário. Além disso, na pandemia, pela falta de opções para gastos (viagem, festas, shows…) as pessoas aproveitaram para reformas e focar mais em adquirir novos imóveis. Isto impulsionou o ramo habitacional,” analisa Luciano Caldas.

Maturação

O diretor financeiro da Cooperacinco afirma que, atualmente, observa-se uma maturação desse modelo de negócio. O que se deve, basicamente, à confiança que os cooperados têm na gestão dessas cooperativas. “As cooperativas de infraestrutura, geridas de forma transparente e profissional, trazem muitos benefícios aos cooperados. Juntos, eles podem construir prédios residenciais e comerciais sem necessidade de financiamento imobiliário ou qualquer outro tipo de financiamento”, acrescenta.

Presidente da Cooperativa Central Cooperluxo, também dedicada à construção civil, Gláucio Madeira destaca que Goiânia é uma capital que possui muitos atrativos no setor imobiliário. “A cidade oferece boa qualidade de vida, tem localização centralizada, uma economia forte e muitas áreas disponíveis, por ser uma cidade relativamente jovem. Além disso, há de se destacar a alavancagem que o agronegócio traz para a economia goiana. Isto atrai o olhar de investidores e estimula a demanda por imóveis de alto padrão”, analisa.

Gláucio Madeira também destaca a importância do lançamento da Cartilha e do Selo de Conformidade Cooperativista, pelo Sistema OCB/GO, que permitiram uma divulgação maior das cooperativas habitacionais. A iniciativa, segundo afirma, possibilitou a distinção, para a sociedade, das empresas da construção civil que efetivamente são cooperativas.

De 2021 para 2022 os ativos totais da Cooperluxo aumentaram de R$ 38,3 milhões para R$ 65, 05 milhões, um incremento de quase 70%. “Acredito que o agronegócio, em associação com a baixa da taxa Selic, pode promover uma sustentação do crescimento do ramo infraestrutura para os próximos anos”, prevê.

Selo de Conformidade

Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira explica que no cooperativismo em Goiás, no ramo de infraestrutura, se destacam os segmentos da construção civil e de geração de energia solar. Segundo o dirigente, o expressivo ganho de desempenho no ramo se deu, em grande parte, devido ao trabalho realizado pela entidade para que as cooperativas habitacionais se registrassem e passassem a utilizar todos os serviços e suporte oferecidos pela OCB/GO e pelo SESCOOP/GO.

“A criação do Selo de Conformidade Cooperativista, concedido às cooperativas que seguem as regras e as normas do cooperativismo, foi especialmente importante. Isso deu credibilidade a elas, ao mesmo tempo em que entramos em convergência com o setor imobiliário, dando tranquilidade a esse segmento, tanto para as cooperativas regulares, como para os cooperados investidores”, enfatiza.

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