quarta-feira, 1 de maio de 2024
A taxa média de juros nos bancos teve queda pelo terceiro mês consecutivo, mas bem gradual: passou de 43,8% para 43,5% ao ano em agosto.
A taxa média de juros das concessões de crédito livre teve queda pelo terceiro mês consecutivo no Brasil. Mas, bem gradual: passou de 43,8% para 43,5% ao ano em agosto, redução de 0,3 ponto percentual (pp) no mês. Ou seja: menor que a redução na taxa dos juros básicos do Banco Central. Além disso, em 12 meses, os juros médios dos bancos estão três pontos percentuais mais altos. Os dados são da publicação Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgada nesta quarta-feira (27/9) pelo Banco Central (BC).
Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 22,6% ao ano, redução de 0,4 pp no mês. De acordo com o BC, o recuo é resultado das reduções disseminadas pelas principais modalidades de crédito. Em 12 meses, o recuo é de apenas 0,1 pp. Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros livres atingiu 57,7% ao ano, redução de 0,6 pp no mês e alta de 3,7 pp em 12 meses.
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo e é destinado aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 11,5% ao ano em agosto, com redução de 0,5 pp em relação ao mês anterior. Embora continua 0,7 pp mais alta em 12 meses. Já para empresas, a taxa subiu 0,4 pp no mês e 1,6 pp em 12 meses, indo para 10,7% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado ficou em 11,3% ao ano, redução de 0,3 pp no mês e alta de 0,9 pp em 12 meses.
Para pessoas físicas, as taxas do cartão de crédito tiveram redução média de 0,4 pp no mês, mas com alta de 13,8 pp em 12 meses, alcançando 101,5% ao ano. O crédito rotativo continua em alta e subiu 4,4 pontos percentuais em agosto e de 46,1 pp em 12 meses, indo para 445,7% ao ano.
