segunda-feira, 29 de abril de 2024
Goiás busca reduzir desvantagem tecnológica

Goiás busca reduzir desvantagem tecnológica

Confira nesta entrevista exclusiva os planos do Estado para colocar Goiás entre os principais polos de inovação e tecnologia do país.

22 de outubro de 2023

José Frederico: “Buscamos colocar Goiás como uma referência em inovação no país”

Em termos de inovação e tecnologia, Goiás está atrás de outros estados brasileiros, que possuem polos tecnológicos mais desenvolvidos. Mas tem buscado reverter essa situação, com investimentos públicos e privados. Ou pelo menos reduzir consideravelmente a atual desvantagem para estados como Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo, por exemplo.

A avaliação é do secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), José Frederico Lyra Netto, que aponta experiências de sucesso, como o Centro de Excelência em Inteligência Artificial. Nesta entrevista exclusiva ao EMPREENDER EM GOIÁS (EG), ele fala também do papel do Estado e da iniciativa privada em relação aos investimentos nessa área.

Outros estados brasileiros, a exemplo de Santa Catarina, têm polos tecnológicos mais avançados do que Goiás. Como reduzir esta desvantagem e tornar o Estado protagonista na era digital?

É verdade que outros estados têm polos tecnológicos mais avançados. Mas é justamente essa reação que Goiás vai ter e está tendo agora. Nós fizemos um pacto pela inovação, reunindo dezenas de entidades do governo, setor empresarial e universidades. Buscamos colocar Goiás como uma referência em inovação no país. Estamos no caminho certo e temos alguns elementos interessantes na questão digital. Temos um Centro de Excelência em Inteligência Artificial, reconhecido nacional e internacionalmente. Temos Goiás como o segundo o ranking de serviços digitais de todo o país. Por isso, entendo que estamos no caminho.

Goiás já teve vários projetos de criar polos de tecnologia, especialmente em Goiânia. Por que não avançam?

Sobre Goiânia, não consigo opinar. Estou no estado, como secretário. Mas entendo, sim, que Goiânia tem um potencial grande. Inclusive, acredito que pode ser a capital da Inteligência Artificial (IA) do país.

O governo tem incentivado a criação e desenvolvimento de startups no Estado. Mas o que pode ser feito para acelerar ainda mais este setor em Goiás?

Para acelerar startups o que o governo pode fazer – e vem fazendo – é primeiro ter um hub estadual, o Hub Goiás, que é inovador, com características de ponta. E, por meio desse hub, conseguimos apoiar startups em diferentes áreas. Nós já temos três editais abertos, de apoio a negócios inovadores. Estamos apoiando mais de 50 negócios e ideias inovadoras. Estamos bem otimistas quanto ao futuro, sobre a quantidade e o impacto das startups goianas.

Goiânia tem um potencial grande. Pode ser a capital da Inteligência Artificial (IA) do país.

Na esteira da acelerada corrida da Indústria 4.0, muito se tem falado em tecnologia e inovação. Quais são as ações da Secretaria neste sentido?

Nós temos um pilar de capital humano, queremos atrair, formar e reter capital humano de ponta, inclusive talentos digitais. Temos um braço de inovação e transformação digital, que passa por estimular startups, ambientes de inovação, como parques tecnológicos, trabalhar com nosso hub e ter negócios inovadores. Nós formamos uma rede de transformação digital dos municípios goianos, queremos apoiá-los a se transformarem digitalmente e incluir digitalmente cidadãos desses municípios. Há muita coisa boa em andamento. E nós temos um trabalho forte de usar a tecnologia e a inovação para a sustentabilidade e a inclusão.

Qual é o investimento que o Governo de Goiás planejou para 2024 em P&D e o que esse volume representa em comparação com Estados como SP, SC e DF?

A LOA (Lei Orçamentária Anual) ainda está em discussão na Assembleia Legislativa. É uma informação que ainda não temos por completo.

Como o senhor avalia os investimentos do setor privado em inovação em Goiás? Quais os segmentos que têm se destacado nisto no Estado?

Temos o agronegócio investindo bastante em tecnologia com boa produtividade, é um setor interessante. Temos algumas áreas de setores industriais que estão investindo também em tecnologia. Há uma área promissora que temos olhado, que é a da saúde. Goiás já é uma certa referência. Temos também um polo de inteligência artificial, que é um aglomerado interessante. E tudo tem participação do setor privado. Há também outros que imaginamos que poderão entrar, como, por exemplo, moda e cultura, onde cabem investimentos em inovação.

Leia também: Inovação avança entre as cooperativas goianas

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