sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
Jalles conquista nota máxima da RenovaBio

Jalles conquista nota máxima da RenovaBio

Com sede em Goianésia e referência nacional no manejo orgânico, Jalles garante diferencial para ganhar novos mercados.

31 de janeiro de 2024

Henrique Pena: “Nos próximos anos, as usinas Jalles e Otávio Lage pretendem aumentar em 8% as lavouras orgânicas de cana”

A usina Jalles conquistou, no ano passado, a maior nota já emitida pela RenovaBio, dentro da Política Nacional de Biocombustíveis. Certificada ainda em 2019, o grupo goiano vem mantendo a liderança no setor sucroenergético, que congrega cerca de 200 empresas em todo o Brasil. Mas, desta vez, obteve a pontuação máxima já computada pelo programa. Graças a política adotada pela empresa na área do meio ambiente para ajudar a conter o efeito estufa no mundo.

Segundo o diretor comercial e de logística da Jalles, Henrique Penna de Siqueira, a renovação do certificado e a conquista da nota máxima da RenovaBio abrem ainda mais as portas dos mercados para o grupo. “Muitos investidores, parceiros e bancos, como o Banco Mundial, preferem trabalhar com as empresas certificadas. Além de alto grau de governança, de inovação, de investimento social e de produção de energia limpa”, diz.

Segundo ele, a renovação da certificação demonstra a responsabilidade da Jalles em alavancar o papel econômico, social e ambientalmente sustentável dos biocombustíveis. Além disso, permitem manter parte relevante dos CBios, para futuras vendas, garantindo um diferencial competitivo no setor.

Diferenciais

Henrique Pena Siqueira lembra que a maioria das empresas brasileiras do setor sucroenergético adota a boa gestão. Mas frisa que a Jalles tem alguns diferenciais que a destacam na política da RenovaBio. O principal deles decorre do manejo de produção orgânico, já que não utiliza fertilizantes químicos.

Os fertilizantes químicos nitrogenados são extremamente nocivos ao efeito estufa, muito mais do que o dióxido de carbono (CO2). Henrique Pena cita também a produção de biogás, iniciada em 2023, a partir da vinhaça da cana que favorece a nota na Renova Cal.

Atualmente, 40% das lavouras de cana da Jalles e 15% das que atendem a Usina Otávio Lage, somando um total de 22 mil hectares, tem o manejo orgânico. Ou seja: não utiliza nenhum insumo de origem química na fertilização nem no combate às pragas das lavouras.

Henrique Pena conta que, para combater a broca da cana, usa uma mosca (produzida em laboratório) solta nas lavouras. No lugar dos fertilizantes químicos usa-se cama de frango (material que permanece no piso de uma instalação avícola, como excreções, penas e outros) e torta de filtro (resíduo da moagem) e a vinhaça (resíduo da produção de etanol), que é rica em potássio e outros. “São insumos orgânicos que nos garantem cana orgânica para a produção de etanol e açúcar orgânicos.

Lavouras orgânicas

Nos próximos anos, as usinas Jalles e Otávio Lage pretendem aumentar em 8% as lavouras orgânicas de cana. Que vão resultar, também, no crescimento do mesmo porcentual de açúcar e etanol orgânicos. Atualmente, a Jalles é a maior exportadora de açúcar orgânico do mundo e a segunda maior no abastecimento do mercado interno.

O selo RenovaBio, emitido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP,) em parceria com o Ministério de Minas e Energia, é um dos maiores programas de descarbonização do mundo. Consiste no incentivo à participação de biocombustíveis na matriz energética brasileira. Os produtores que atingem as metas estabelecidas compulsoriamente ganham o Crédito de Carbono (CBios), a partir da emissão nota fiscal e pode ser negociado na Bolsa (B3).

Saiba mais: Jalles prevê processar 7,3 milhões de toneladas de cana

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