O Dia Estadual da Pamonha Goiana é comemorado em 3 de fevereiro e segmento está otimista com aumento da produção e vendas para 2024.
Que a pamonha é a paixão do goiano, isso é indiscutível. A iguaria já saiu do estilo tradicional e há combinações que muitos julgam como improváveis. Em Goiás, segundo dados da Junta Comercial de Goiás (Juceg), existem mais de 11 mil pamonharias. Deste total, 3,1 mil ficam em Goiânia. Logo em seguida, Aparecida de Goiânia conta com 827 estabelecimentos e Anápolis, com 796.
A pamonha é um produto derivado do milho, cereal de alto valor energético originário do México e consumido pelas civilizações pré-colombianas. O alimento é especialmente rico em carboidratos e, apesar de não ser fonte essencial desses nutrientes, possui também vitaminas B1, B2, E e ácido pantotênico, além de minerais como fósforo e potássio.
O governador Ronaldo Caiado sancionou a lei nº 6442/23, que institui o Dia Estadual da Pamonha Goiana, comemorado em 3 de fevereiro. Para comemorar, acontece neste sábado o Festival da Pamonha Goiana, em Itumbiara. Tudo isso para valorizar a iguaria que faz sucesso na culinária de Goiás.
A data oficial da pamonha no calendário de comemoração de Goiás traz uma expectativa de crescimento nas vendas. “Acredito que vai dar uma alavancada nas vendas de todas as pamonharias em geral. Até porque as pessoas vão no segmento da modinha. Tendo uma data, na qual as pessoas vão se lembrar dela, vai acabar proporcionando uma procura maior naquele dia em relação aos dias comuns”, prevê Simone Anselmo, gerente-geral da Pamonharia Frutos da Terra, ao EMPREENDER EM GOIÁS.
A empresa tem duas unidades: no Setor Bueno e Nova Suíça. Já conta com quatro décadas de história. A ideia surgiu durante mais uma edição das tradicionais pamonhas entre a família Lobo, tradicional da cidade de Goiás.
Os primeiros passos para o sonho foram dados pela geógrafa Elcymar Lobo. Instruída pela mãe, abriu em 1984 uma pamonharia, após não ter recursos financeiros para poder fazer especialização no exterior.
Nascia a primeira unidade da Frutos da Terra. No início, foi em um singelo cômodo com uma portinha para a rua.
Simone conta que, no início, produzia no máximo 50 pamonhas por dia. Após 40 anos, a produção do Frutos da Terra aumentou 2.900%, passando para mais de 1,5 mil por dia. Mas esse número pode chegar a 2,5 mil em dias frios. No cardápio, os clientes contam com mais de 12 opções da iguaria para poderem experimentar.
“A nossa maior procura é a tradicional: sal, doce e à moda, mas, há um tempo, nós implantamos dois novos sabores que têm tido uma saída muito boa: a nordestina, que leva carne de sol, e a goiana, que leva creme de pequi, linguiça de frango, pimenta e queijo. A ideia veio para juntar duas paixões goianas: o milho e o pequi”, pontua.
Além da pamonha, completam o cardápio da Frutos da Terra o cural, a chica doida, chica bacana (que é um escondidinho de milho recheado com carne seca ou frango com catupiry) e o bolinho de milho frito.