sábado, 27 de julho de 2024
Bancos brasileiros lucraram R$ 145 bilhões em 2023

Bancos brasileiros lucraram R$ 145 bilhões em 2023

A rentabilidade bancária no Brasil está entre as mais elevadas do mundo, apesar do declínio observado nos últimos dois anos.

6 de junho de 2024

O lucro líquido dos bancos foi de R$ 145 bilhões no ano passado, alta de 5% na comparação com 2022. Enquanto isso, na mesma comparação interanual, a rentabilidade do sistema bancário foi de 14,1% no ano de 2023, queda de 0,6 ponto percentual.

A lucratividade é a comparação do lucro final com o faturamento e depende de custos e formação de preços. Enquanto a rentabilidade compara o lucro final com o patrimônio e investimentos realizados. Ou seja, com a capacidade do negócio de gerar retornos com base no que foi investido.

De acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira (6/6) pelo Banco Central (BC), a rentabilidade do sistema bancário, medida pelo Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE), apresentou leve redução em 2023.

Ainda assim, a rentabilidade bancária no Brasil está entre as mais elevadas do mundo, apesar do declínio observado nos últimos dois anos. Sendo superado por México e Índia e em um patamar similar à Indonésia.

Ativos problemáticos

Os ativos problemáticos levaram à necessidade de aumento das provisões nos últimos anos. Tratam-se das reservas que os bancos fazem para pagamento das dívidas de crédito (calotes).

“O aumento do comprometimento de renda das famílias, a redução da capacidade de pagamento das empresas e, por último, o caso Americanas foram os principais fatores que influenciaram o aumento dos ativos problemáticos no referido período”, diz o relatório.

Segundo o BC, as despesas com provisões aumentaram em 2022 e 2023, mas apresentam sinais de estabilização. O crescimento desde o final de 2021 deu lugar a uma queda consistente das provisões no segundo trimestre de 2023, com estabilização na segunda metade do ano.

Concorrência

O Relatório de Economia Bancária mostra continuidade da redução da concentração no SFN, processo que vem ocorrendo nos últimos anos. E elevação do grau de concorrência no mercado de crédito, enquanto a concorrência em serviços financeiros ficou relativamente estável.

“A concentração diminuiu para todos os agregados contábeis considerados – ativos totais, depósitos totais e operações de crédito –, envolveu o aumento da participação das cooperativas de crédito e das instituições não bancárias, e ocorreu na maioria dos mercados relevantes de crédito”, diz o relatório.

Entretanto, a participação de mercado dos quatro maiores bancos (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú) continua majoritária: 87,6% nos ativos totais, 90,7% nos depósitos totais e 85,9% nas operações de crédito.

As cooperativas de crédito eram responsáveis por 5,5% dos ativos totais no ano passado, contra 5,1% em 2022. Nos depósitos, passaram de 6,4% em 2022, para 6,6% em 2023. E no caso do crédito, esse grupo respondeu por 6,8% do total das operações em 2023, contra 6,3% do ano anterior.

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