Mas há uma condição: a fábrica atualmente inativa em Pirenópolis (GO), hoje da Marfrig, terá de ser vendida pela Minerva.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta semana a venda de ativos da Marfrig para a Minerva. Mas com uma condição: alienação de uma planta em Goiás, para evitar a “concentração excessiva” que a operação geraria no estado.
Com isso, a fábrica atualmente inativa em Pirenópolis, hoje da Marfrig, terá de ser vendida pela Minerva.
O órgão também decidiu declarar sem efeitos a cláusula que previa um limite de expansão da capacidade própria da Marfrig em abate e desossa na planta produtiva de Várzea Grande, no Mato Grosso.
As restrições impostas pelo Cade foram consideradas “cruciais” para o prosseguimento do aval à venda. O maior foco das discussões foram os efeitos da operação nos mercados de Goiás e Mato Grosso.
O negócio, anunciado em agosto de 2023, envolve 16 ativos pelo valor de R$ 7,5 bilhões. São 11 plantas de bovinos no Brasil, uma unidade industrial na Argentina e outras três no Uruguai. Além de uma planta de cordeiros no Chile e um Centro de Distribuição no Brasil.
A alienação da unidade em Goiás deve obedecer uma série de regras. A Minerva deverá alienar a planta em até seis meses do trânsito em julgado do ato de concentração no Cade. Esse prazo pode ser prorrogado por seis meses, mediante petição ao órgão.
Após esse período, se a venda não for feita, a companhia deverá promover um leilão aberto em até seis meses, com fixação de preço mínimo. Mas se o leilão for frustrado, a obrigação de alienação será dada como satisfeita.