Há 14 anos no mercado, a GeoInova faz monitoramento, através de satélites, para o agronegócio, mineração e loteamentos.
O que começou na faculdade, se tornou um projeto de empreendedorismo de dois goianos. Ivan Luiz Lopes e Diego Roberto Rodrigues criaram uma empresa que usa imagens de satélite para ajudar a identificar áreas de potencial de desastres e de desmatamento: a GeoInova.
Ivan Luiz conta que a empresa oferece plataforma na qual os contratantes acompanham suas áreas ambientais, de maneira periódica, por imagens de satélite. Assim, também podem fazer o comparativo e conseguem identificar pontos que precisam de atenção. Além de antecipar medidas preventivas ou paliativas.
Exemplo da Votorantim Cimentos, que há oito anos contrata a GeoInova, que acompanha 116 áreas da indústria. “A nossa plataforma, de maneira periódica, por exemplo, conseguiu acompanhar e evitar diversos erros de planejamento. Então, quando estava aproximando, por exemplo, a cava daquela reserva legal, a nossa própria plataforma identificou, emitiu um aviso para a Votorantim, para que ela acompanhe de forma preventiva ao invés de reativa”, relata Ivan Luiz.
O empresário afirma que já teve outros casos de sucesso com a Gerdau e Anglo American. Esta última conseguiu que a empresa unisse a área ambiental com a segurança patrimonial. “Tem algumas detecções que fogem, inclusive, da alçada do meio ambiente. Que, às vezes, é até um crime ambiental, um roubo realmente. A gente adaptou, inclusive, a plataforma para fazer essa integração de dois departamentos”, destaca.
A empresa foi uma das 100 selecionadas do programa BNDES Garagem 2024 (módulo tração). A startup, com 14 anos de mercado, possui 10 funcionários divididos na área de geoprocessamento, atendimento, vendas e administrativo.
A GeoInova conta atualmente com 64 clientes. Que, juntos, somam 274 áreas em monitoramento. A expectativa é que a startup cresça ainda mais. Para isso, algumas ações estão sendo tomadas e planejadas para alcançar o objetivo.
“Hoje, nosso principal canal é o site, no qual tem formulário de contato. Estamos agora investindo principalmente em marketing para atrair novos clientes. Vamos também participar de feiras, onde muitos dos nossos clientes estão”, diz.
Ivan Luiz destaca que o uso da tecnologia em prol do meio ambiente vem exatamente como uma forma de educar o cliente e mostrar que é possível ter progresso com sustentabilidade. “Ao invés dele ter que resolver um problema depois que ele aconteceu, depois que o desmatamento ocorreu, por exemplo, ele acompanha de maneira efetiva. Então, é essa conscientização que a gente vem trabalhando bastante”, reforça.
Para o futuro, Ivan e o sócio Diego pretendem ganhar clientes em outros países. No entanto, ele afirma que há certos entraves para tornar isso possível, como a imagem em alta resolução por parte do satélite, que tem custo muito alto.
“Nós estamos desenvolvendo uma tecnologia de pegar essa imagem barata, que tem pequeno custo, e realizar um melhoramento nela. Às vezes, parece que é algo que está muito distante da gente. Mas, creio que gente trabalhando, tem editais de inovação que já têm subvenção para isso, inclusive, da FINEP mesmo. Para o futuro, já estamos estudando lançar os nossos próprios satélites”, finaliza.