Não é a picanha: pesquisa constata que o acém é o corte mais consumido pelos brasileiros na hora de fazer o churrasco.
Vinte nove milhões de brasileiros fazem churrasco toda semana. Cerca de 33% dos lares escolhem esse modo de preparo para celebrar as festas de fim de ano. O acém é o corte mais consumido de forma praticamente generalizada pelo Brasil.
Entre esse público consumidor periódico de churrasco, a frequência do preparo é de, em média, 1,7 vezes por semana. As carnes bovinas são as mais presentes: 60% dos churrascos no Brasil têm carne bovina, seguida de aves e linguiças.
Segundo levantamento da Kantar, com base na análise da divisão Worldpanel. O estudo mostra que o consumo de proteínas de origem animal, principalmente o preparo de churrasco, vem se fortalecendo no Brasil.
Boa parte das compras de carnes acontece em supermercados (20,7% do volume), com ticket médio de R$ 50,59. Mas também no pequeno varejo (30,2%), com ticket médio de R$ 51,42, e no varejo tradicional (21,1%), com ticket médio R$ 43,3. O açougue é responsável por 7,7% do volume, mas com maior desembolso R$ 66,85.
As recentes notícias sobre a falta de abastecimento de carnes bovinas apontam para os grandes riscos na operação de uma grande rede varejista ao enfrentar um possível boicote de frigoríficos no País. Nos últimos anos, grandes marcas de categorias populares, vistas como essenciais pelos consumidores, tiveram conflitos com varejistas, levando a resultados negativos na experiência de compra dos clientes e cesta de produtos adquiridos nas redes varejistas.
“A indústria como um todo precisa estar atenta a essas movimentações. E definir rapidamente as melhores estratégias para minimizar os impactos em suas marcas ou categorias durante esses períodos de incerteza”, afirma Raquel Ferreira, diretora comercial da divisão Worldpanel da Kantar.