Valori já está presente em mais de 100 cidades brasileiras, mas tem expectativa de receber autorização do BC para ampliar suas operações.
Seis empresários goianos se uniram para montar a Valori, uma fintech voltada para soluções de pagamentos. A empresa tem como foco principal pessoas jurídicas, com foco nas transações feitas em máquinas de cartões, que aceitam todas as bandeiras e pagamentos via PIX. Atualmente, a empresa está em mais de 100 cidades de 20 estados e conta com quase 7 mil clientes entre pessoas físicas e jurídicas. O crescimento acontece de maneira orgânica.
Anderson Almeida, CEO de operação, conta que a empresa foi criada há cinco anos, junto com Matheus Lima, Paulo Matta, Luiz Felipe Soffarelli, Luiz Guilherme Soffarelli e Wagner Filho. Com objetivo de unir a tecnologia e levar mais comodidade a quem precisa utilizar os serviços financeiros. Apesar do foco ser pessoas jurídicas, Almeida destaca que a Valori conta com clientes pessoas físicas, através da conta digital.
“Começamos no ano passado uma discussão nacional com parceiros. Hoje, temos uma presença grande no Rio de Janeiro e estamos começando a ter também em São Paulo e Brasília. Mas, o share de mercado da Valori ainda continua sendo Goiânia”, diz o empresário.
Segundo o CEO, a Valori chega nas cidades por alguns fatores. O mais tradicional são os vendedores de rua apresentando as soluções diretamente para as empresas. Outra possibilidade é a chamada White Label, quando as empresas que já contam com uma licença tecnológica pronta, mas utilizam a infraestrutura da Valori e apenas aplicam a sua marca.
“Esse modelo de parceiro facilitador também já estamos espalhando pelo Brasil. Então, disponibilizamos, esses dois modelos: o White Label, que seria utilizar a nossa infraestrutura de tecnologia e transacional, de bandeiras, Visa e Master, etc, e aplicar a sua marca, com a sua logo e a sua cor. Ou ser um parceiro vendendo as nossas soluções, utilizando a nossa marca”, frisa.
Anderson explica que uma das vantagens da Valori é a humanização do processo de solução de problemas. Segundo ele, boa parte das fintechs tem o atendimento por robôs, que não atendem às expectativas dos clientes. Para oferecer esse diferencial, Almeida informa que são quase 60 colaboradores para ajudar no atendimento.
“Cliente não entra na Valori sem ter uma visita com o nosso executivo, tomar um café com ele. O cliente, volta e meia, tem algum problema na máquina de cartão. É um aparelho que é igual um celular, que ele quebra e tem problema de sinal. E esse suporte não é robotizado. Tem o primeiro chamado de atendimento em menos de um minuto e finalizado em menos de cinco minutos”, diz.
Outro ponto explicitado é a transparência. Apesar de parecer clichê, essa palavra faz muita diferença quando falamos do mercado financeiro. “O que você fechou comigo vai estar exposto lá no seu portal. Você tem um portal de vendas, você tem o nosso aplicativo para o banco, você tem a internet banking para acesso ao banco para acompanhar tudo”, destaca.
Almeida explica que, atualmente, a Valori é uma subadquirente. Ou seja, ainda necessita de alguns serviços (“não muitos”) de algumas operadoras, como a Stone, PagSeguro, Rede, Cielo. Entre as mais de 250 subadquirentes no Brasil, a Valori é considerada a maior empresa de soluções de pagamento do Centro-Oeste.
Almeida explica que a empresa já está com o processo no Banco Central (BC) para que seja considerada uma instituição de pagamento diante ao BC. “Brevemente, você vai ver igual o banco Itaú, que tem o número 341, ou Bradesco, que tem 237, a Valori com número de registro”, afirma.
O CEO afirma que essa autorização do BC para que as transações sejam 100% Valori fará com que a empresa consiga entregar produtos cada vez mais personalizados aos clientes, de acordo com a necessidade de cada um.