A cooperativa goiana está construindo uma nova unidade de esmagamento de soja no município de Palmeiras de Goiás.
A Comigo vai investir R$ 1,1 bilhão numa nova indústria de esmagamento de soja, no município de Palmeiras de Goiás. As obras de terraplanagem já estão em andamento. Em abril de 2025, após o período chuvoso, começarão as obras civis, com previsão de conclusão para o final de 2026.
A Comigo é uma cooperativa de beneficiamento, industrialização e comercialização de produtos agropecuários. Quinta maior cooperativa de produtores rurais do Brasil, tem sede em Rio Verde (GO).
A nova unidade – a terceira da cooperativa (as outras duas estão em Rio Verde) – terá capacidade de beneficiar 6 mil toneladas por dia de soja, transformadas em óleo e farelo para abastecer os mercados interno e externo. Quando a indústria entrar em operação, serão gerados 400 empregos diretos.
Esta será a 8ª indústria de esmagamento de soja em Goiás. As outras estão localizadas em Rio Verde (3), Itumbiara (1), Pires do Rio (1) e Anápolis (2). Mesmo assim, juntas elas só beneficiam 50% da produção de soja goiana, que este ano foi de quase 19 milhões de toneladas.
Além da construção da nova unidade industrial, a Comigo vai investir também R$ 35 milhões na construção e nos equipamentos de um armazém no município de Mozarlândia para receber a soja e milho produzidos na região do Vale do Araguaia.
As informações são do presidente do Conselho Administrativo da Comigo, Antônio Chavaglia, que é um dos fundadores da cooperativa, a maior do Centro-Oeste, com 11.959 associados.
A Comigo deverá encerrar o ano com um faturamento de cerca de R$ 12 bilhões, o mesmo valor do ano passado. Em 2025, deverá crescer e chegar a R$ 13 bilhões, de acordo com previsões da diretoria.
Contudo, Chavaglia lembra que o momento não é favorável à agropecuária. Os preços das commodities continuam estáveis, falta liquidez no mercado, há muitas ações judiciais e a safra agrícola 2023/2024 foi prejudicada com a falta de chuva. Isto provocou muita inadimplência no setor. “Os arrendatários de terras para lavouras foram os mais prejudicados”, lamenta.
Este ano, a Comigo recebeu 53,4 milhões de sacas de 60 quilos de soja e beneficiou 50% dos grãos, transformando-os em óleo e farelo de soja e ração. De milho foram 3 milhões de sacas, transformadas em ração animal que abasteceram os mercados interno e externo.