Goiás tinha 209.852 empresas inadimplentes em outubro último. Desse total, 200.276 eram micro e pequenas empresas. As informações são do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian.
No Brasil, 7 mihões de companhias estavam com dívidas de R$ 156,1 bilhões. Esse total representa 32,3% das companhias existentes no país. Em média, cada CNPJ teve cerca de 7,4 contas negativadas no período.
Conforme a pesquisa, a análise das Unidades Federativas revelou que Goiás, na 25ª colocação, registrou a terceira menor taxa de inadimplência das empresas do país, com 25,4%. Abaixo dele, ficaram Santa Catarina (25,2%) e Piauí com 25,1%.
Já o Maranhão registou a maior taxa de inadimplência das empresas do país, com 43% das companhias do estado com o CNPJ no vermelho. Em seguida, Alagoas (42,3%) e Amapá (40,8%) também se destacaram entre os estados com mais empresas enfrentando pendências financeiras.
O setor de “Serviços” representou a maior parte das empresas com compromissos negativados (56,2%). Em sequência estava o “Comércio” (35,4%), seguido pelas “Indústrias” (7,3%), “Primário” (0,8%) e a categoria “Outros” (0,3%), que engloba o segmento Financeiro e o Terceiro Setor. Em relação ao setor das dívidas, a categoria “Serviços” representou a maior parte delas (31%) seguida por “Bancos e Cartões” (21,1%).
Juros
“Esse aumento na inadimplência pode ser atribuído, em grande parte, à alta das taxas de juros. Quando os juros sobem, o custo do crédito para as empresas também aumenta, tornando mais caro e difícil para elas obterem financiamento. Isso afeta diretamente a capacidade das companhias de gerenciar seu fluxo de caixa e cumprir suas obrigações financeiras”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Além disso, argumenta, a elevação dos juros pode reduzir a demanda por produtos e serviços, uma vez que consumidores e outras empresas também enfrentam custos de crédito mais altos, resultando em menor receita para as empresas. “Esse cenário cria um ciclo vicioso, onde a dificuldade de acesso a crédito e a redução de receitas levam a um aumento na inadimplência, impactando negativamente a saúde financeira das companhias”, comenta.