Os principais responsáveis foram os aumentos nos preços dos combustíveis, carnes, serviços pessoais e da energia elétrica.
Goiânia teve a 3ª maior inflação do Brasil em 2024. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 5,56% no acumulado do ano. Só ficou atrás de São Luís (6,51%) e de Belo Horizonte (5,96%), entre as 16 localidades com acompanhamento de preços. Segundo o IBGE divulgou nesta sexta-feira (10/1).
O aumento de 5,56% da inflação em Goiânia é também o maior índice acumulado dos últimos três anos. Os principais responsáveis foram os aumentos nos preços dos combustíveis, carnes, serviços pessoais e da energia elétrica residencial.
O IPCA do país fechou o ano passado acumulando alta de 4,83%, acima do teto da meta de inflação (4,50%) estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em 2024, o grupo com o segundo maior peso na cesta de compras das famílias em Goiânia com rendimento entre 1 e 40 salários-mínimos foi o de alimentação e bebidas. Apresentou alta acumulada no ano de 9,76%, a maior variação entre os grupos pesquisados.
As carnes também tiveram altas acentuadas no ano, registrando variação acumulada de 24,2%. Também se destacaram no ano os serviços pessoais (6,89%), a alimentação fora do domicílio (7,22%), a higiene pessoal (6,58%), as bebidas e infusões 16,90%), os cursos regulares (5,90%) e a energia elétrica residencial (6%).
Destaque também para o grupo dos transportes, que tem o maior peso mensal, com variação acumulada de 4,09% no ano. Já o grupo habitação registrou alta de 2,79% no ano passado. Entre os itens, destacam-se os combustíveis de veículos, cujos preços subiram 15,24% no ano. Os preços da gasolina subiram 14,28% e os do etanol 25,98%.
Por outro lado, o IBGE registrou quedas entre os subitens: feijão carioca (-7,61%), sabão em pó (-6,17%), automóvel usado (-0,88%), batata-inglesa (-18,69%), cebola (-39,32%), seguro voluntário de veículo (-10,46%), tomate (-27,75%), passagem aérea (-26,84%) e emplacamento e licença (-8,36%).
Já o INPC de Goiânia, que mede a inflação para as famílias com rendimentos entre 1 e 5 salários, registrou alta de 5,74%. Ou seja, acima da variação de 5,56% do IPCA.
Esses índices demonstram que, as altas nos preços dos produtos alimentícios, especialmente das carnes, tiveram maior impacto para as famílias com rendimentos entre 1 e 5 salários mínimos (INPC) do que para as famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos (IPCA).