segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
Mais goianos investiram na Bolsa (mas com menos dinheiro)

Mais goianos investiram na Bolsa (mas com menos dinheiro)

O ano passado fechou com 146,1 mil goianos investindo em ações, contudo, com R$ 400 milhões a menos. Entenda.

15 de janeiro de 2025

Raul Sena: “A Bolsa pode oferecer retornos superiores à renda fixa, mas exige paciência e estudo”

Mais investidores goianos entraram em 2024 na Bolsa de Valores do Brasil, a B3. Embora o valor médio aplicado tenha caído. No final do ano passado, eram 146,1 mil investidores, contra 139,9 mil em 2023. Um aumento de 4%.

Porém, o valor movimentado pelos goianos somou R$ 6,78 bilhões, R$ 400 milhões a menos do que o ano anterior (R$ 7,10 bilhões).

Os homens (110,8 mil) lideram os investimentos na Bolsa, com R$ 5,1 bilhões. Já as mulheres, que embora esteja crescendo o número de investidoras a cada ano, eram 35,3 mil, com um total de recursos de R$ 1,6 bilhão.

O empresário Raul Sena, da AUVP Capital, enumera algumas causas que podem justificar o fato do aumento do número de investidores goianos. Mesmo com a redução do valor total aplicado.

Ele acredita que investidores menores, pessoas físicas, estão entrando neste mercado com menos capital disponível. Destaca ainda a aversão ao risco que muitas pessoas têm.

Com a Selic em alta desde 2023 e em boa parte de 2024, muitos investidores migraram para a renda fixa, que estava mais atrativa e segura. Isto ajuda a contribuir para reduzir o volume de recursos investidos na Bolsa, mesmo com o aumento do número de investidores.

Raul Sena acredita também que muitos investidores podem estar fazendo ajustes no seu portfólio. Realocando recursos, reduzindo exposições a ações e diversificando com renda fixa, fundos imobiliários ou outros ativos.

Perspectiva

Contudo, o empresário tem a convicção de que se houver uma queda sustentável nas taxas de juros. Isso pode tornar a Bolsa mais atrativa, aumentando a valorização dos ativos e o volume investido. Além disso, acrescenta, reformas econômicas ou crescimento do PIB podem impulsionar o mercado acionário.

Embora a Bolsa seja um mercado de risco, Sena entende que vale a pena investir desde que a pessoa esteja preparada com visão de longo prazo e entenda seu perfil de risco. “A Bolsa pode oferecer retornos superiores à renda fixa, mas exige paciência e estudo”, destaca.

Ele lembra que não há valor mínimo para começar a investir na Bolsa. Algumas corretoras permitem aplicações a partir de R$ 30,00. Contudo, ressalta, “o ideal é construir uma reserva de emergência antes de investir em ações, estudar o mercado, ter controle emocional e planejamento financeiro”.

Além disso, acrescenta: para quem está disposto a aprender e investir com paciência, a Bolsa pode ser uma ótima opção.

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