Esta semana haverá decisões sobre as taxas de juros no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa. Veja as previsões.
Esta semana teremos decisões sobre as taxas de juros no Brasil, nos Estados Unidos e também na Europa. Elas devem ter impacto na economia mundial, especialmente na brasileira.
No Brasil, o mercado tem expectativa que a Taxa Selic (juros básicos) seja novamente elevada em um ponto percentual na primeira reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Acontecerá nesta terça e quarta-feira e, se confirmar a previsão do mercado, a Selic deve subir para 13,75% ao ano.
O aperto nos juros se dá com o objetivo de controlar a inflação. Vale lembrar que será a primeira reunião do Copom sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do Banco Central.
O BC já havia sinalizado em dezembro que haveria ao menos mais duas altas de 1 ponto percentual na Taxa Selic. Assim, deve chegar a 14,25% até março.
As expectativas para as próximas reuniões é o que pode trazer algumas incertezas. A precificação geral é que a taxa básica deve terminar o ano em 15% ao ano, como mostra o Boletim Focus.
Na quinta-feira, o mercado deve conhecer também os dados de geração de emprego formal, divulgados na pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os números do mercado de trabalho serão complementados com a taxa de desemprego, apresentada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A semana agitada será fechada, no Brasil, com o resultado nominal do setor público consolidado e a divulgação da relação entre dívida líquida/PIB. A agenda doméstica também contará, sem data definida, com a divulgação do resultado primário do governo central e a arrecadação federal.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou, em meio a muitas declarações polêmicas na semana, que exigirá que os juros sejam reduzidos após a esperada queda de preços nos combustíveis no país. A ideia do mandatário é reduzir a inflação através da queda dos preços do petróleo e derivados.
Para tanto, Trump pretende atuar tanto no cenário internacional, com conversas com Arábia Saudita e OPEP, quanto na produção doméstica, ampliando a extração.
Ainda assim, grande parte das projeções indicam que as taxas nos EUA ficarão inalteradas pelo menos até junho. Ou seja: deve haver uma pausa no ciclo de cortes dos juros e a taxa ficar mantida entre 4,25% a 4,50% ao ano.
Também nos Estados Unidos, o calendário econômico terá na quinta o PIB do 4º trimestre. Bem como novos números inflacionários (PCE), referentes a dezembro, na sexta.
A Zona do Euro divulgará seu Produto Interno Bruto (PIB) nesta quinta-feira. Projeções indicam ligeira alta anual, mas queda na comparação trimestral, de 0,4% para 0,1%.
Além disso, o Banco Central Europeu também apresentará sua decisão de política monetária no mesmo dia, com estimativa de queda para 2,75% na taxa de juros, dos 3% atuais.