Energia, pacote turístico, arroz, transporte por aplicativo e leite contribuíram para a queda do IPCA na capital goiana.
Uma boa notícia para o consumidor. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, registrou uma pequena queda de 0,03% no mês passado em Goiânia. Embora a queda não seja expressiva, pelo menos parou de subir e é a primeira redução para um mês de janeiro desde 2021.
Energia elétrica, pacote turístico, arroz, transporte por aplicativo e leite contribuíram para a queda da inflação no mês passado na capital goiana. Segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com a queda, o IPCA acumula em 12 meses alta de 4,61% na capital goiana. Portanto, ainda acima do teto da meta (4,5%) do Banco Central.
Nacionalmente, o IPCA de janeiro ficou em 0,16%, o menor resultado para o mês desde 1994. Ou seja, desde antes do Plano Real, iniciado em julho daquele ano.
A explicação para a desaceleração é o “Bônus Itaipu”. Desconto que 78 milhões de brasileiros tiveram na conta de luz do mês passado, que ficou 14,2% mais barata.
No primeiro mês de 2025, o grupo com o terceiro maior peso na cesta de compras das famílias em Goiânia com rendimento entre 1 e 40 salários-mínimos foi o de habitação. Apresentou queda de 4,57% em janeiro, pressionando pelo recuo do índice na capital goiana.
Por outro lado, os outros setes grupos apresentaram alta no mês. Destacam-se o de transportes, que tem o maior peso mensal, com variação de 1,46% em janeiro e acumulada de 4,2% em 12 meses.
Entre os subitens, destacam-se a energia elétrica residencial, que apresentou recuo de 16,8% na comparação com dezembro de 2024. Por outro lado, destacam-se as altas nos preços da gasolina (1,9%), etanol (5,8%), passagem aérea (17,4%), tomate (20,6%), lanche (2%), conserto de automóvel (2,3%) e café moído (6,6%).
O INPC, que mede a inflação das famílias de baixa renda, registrou queda de 0,29% no mês passado em Goiânia. A variação em 12 meses acumula alta de 4,51%, abaixo da variação do IPCA.
Esses índices demonstram que, a redução da tarifa de energia elétrica residencial teve maior impacto para as famílias com rendimentos entre 1 e 5 salários-mínimos (INPC) do que para as famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos (IPCA).
Já o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,81% em Goiás no mês passado. É a oitava alta consecutiva, acumulando em 12 meses alta de 3,68%. O custo goiano da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.773,38 em janeiro. O custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado foi de R$ 1.799,82 em janeiro.