A economia brasileira em dezembro de 2024 apresentou recuo de 0,7% na comparação com novembro. Segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta segunda-feira (17/2) pelo Banco Central.
Ainda de acordo com o BC, na comparação com dezembro de 2023, os dados mostram que o IBC-Br cresceu 2,4%. No acumulado em 12 meses o índice também teve um avanço de 3,8%. No trimestre encerrado em dezembro, apontou alta de 4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
“O IBC-BR registrou resultado pior que o esperado. Com isso, o indicador aponta para um PIB estável no último trimestre do ano passado. Atualmente, nossa projeção é de crescimento de 0,4% no período, o que coloca um risco de o PIB também surpreender negativamente na próxima divulgação”, avalia Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg.
O resultado se soma aos diversos dados divulgados que apontam para uma desaceleração econômica mais dispersa entre os diversos setores da economia. O PIB, avalia o economista, que deve ter fechado 2024 com crescimento próximo de 3,5%, deverá desacelerar para cerca de 2,0% em 2025.
“E o resultado só não será mais fraco por conta do PIB agropecuário, devido à safra de grãos que será muito boa neste ano. Com destaque para a soja, em que projetamos crescimento de quase 7% para o PIB da agricultura”, diz.
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,58% para 5,60% este ano. Essa é a 18ª elevação seguida. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (17/2), divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC). A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.
Já a projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano caiu de 2,03% para 2,01%. O resultado oficial do PIB de 2024 será divulgado em 7 de março pelo IBGE. Em 2023, superando as projeções, a economia brasileira cresceu 3,2%. Em 2022, a taxa de expansão foi de 3%.