Chef empreendedora deixa uma sociedade estável para realizar um sonho em Pirenópolis. Superou medo e muitas dificuldades.
A empresária e chef Adriana Carvalho decidiu, em 2018, encerrar a sociedade na Vinícula Pireneus (em Pirenópolis, Goiás) e investir num novo empreendimento. Abriu o Calliandra Bistrô Adega, também no município goiano, e o Calliandra Gastronomia Harmonizada, em Cocalzinho de Goiás. Este último, localizado em sua fazenda, abre ao público somente nos finais de semana e com reservas agendadas.
Formada em gastronomia e referência em vitivinicultura, Adriana Carvalho conta que se inspirou na culinária italiana, portuguesa e regional. Além da experiência de realizar eventos enogastronômicos na Vinícola Pireneus. Disse que era um antigo sonho.
“O Calliandra surgiu da vontade de colocar meu sonho prática. Diante das incertezas e medos em abrir um negócio que fosse promissor em meio às dificuldades da vida, foram as características da planta Calliandra que me impulsionaram e encorajaram para que esse projeto se tornasse realidade”, afirma.
Entretanto, apesar do atual sucesso, a empresária conta que passou por dificuldades. Vale lembrar que, logo depois da abertura de seus restaurantes, aconteceu a pandemia da Covid-19. Que obrigou praticamente todos os estabelecimentos comerciais fecharem atendimento ao público por longos períodos.
Adriana Carvalho conta que, para superar as dificuldades de caixa, recorreu a financiamentos da GoiásFomento. O crédito obtido garantiu que o seu negócio ganhasse novo fôlego. “A experiência foi tão bem-sucedida que eu fiz um segundo financiamento para melhorar o fluxo de caixa e o capital de giro, isso no final de 2020”, diz.
Em 2023, ela fez o terceiro financiamento para investir em energia solar, na instalação de placas fotovoltaicas em sua propriedade em Cocalzinho de Goiás.
A GoiásFomento liberou somente no ano passado R$ 24,9 milhões em financiamentos para empresas geridas só por mulheres no estado. Ao todo, foram 607 contratos para empresas comandadas por mulheres, de micro e pequeno porte ou microempreendedoras individuais (MEIs). Dos 1.608 clientes atendidos no ano passado pela instituição financeira do governo de Goiás, 763 eram do sexo feminino, 47,5% do total.
Na linha de crédito GF Mulher Empreendedora Investimento o limite de financiamento é de R$ 400 mil para microempresa e pequena empresa. E de até R$ 30 mil para microempreendedora individual. A taxa de juros, com bônus de adimplência, é de 1,53% ao mês. O prazo de pagamento é de até 60 meses, com 12 de carência.
Já a linha de crédito GF Mulher Empreendedora Giro Puro disponibiliza até R$ 300 mil para microempresas e empresas de pequeno porte, e também para microempreendedores individuais. Os juros cobrados são de 1,65% ao mês, incluso bônus por adimplência, e até 36 meses de prazo para pagamento, com 3 de carência.