O ticket médio dos carros usados atingiu R$ 83,1 mil em fevereiro, o maior valor desde o recorde de novembro passado.
O ticket médio dos carros usados atingiu R$ 83.163 em fevereiro no Brasil, crescimento de 3% em relação ao mês anterior. É também o maior valor desde novembro do ano passado, quando atingiu o recorde histórico de R$ 83.411.
Porém, o grande destaque do mercado brasileiro de seminovos foi a alta da margem bruta de lucro. Ela atingiu 11,2%, o melhor resultado desde agosto de 2024. Já o giro de estoque de usados permanece com pouca variação e ficou em 39 dias.
Segundo dados do Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar (PVU). A amostra do estudo engloba 2.788 concessionárias de 23 diferentes marcas conectadas na plataforma Auto Avaliar.
“Somente nos dois primeiros meses de 2025, as vendas de veículos usados ultrapassaram a marca de 2,5 milhões no Brasil. Atingiram um patamar 7% acima do registrado no mesmo período do ano passado”, diz Fábio Braga, Country Manager da MegaDealer.
“Há boas perspectivas para o mercado de seminovos, mas surpreende a alta procura já no início de 2025, por se tratar de um período em que os consumidores, tradicionalmente, se mostram receosos com o planejamento para o restante do ano”, frisa.
Em fevereiro, segundo o levantamento, as concessionárias atingiram uma média de 67% de retorno sobre investimento (ROI) com carros seminovos, considerando aqueles com até 3 anos de uso.
Entre os modelos mais rentáveis, a “dobradinha” da Caoa Chery se manteve no topo do ranking pelo terceiro mês consecutivo. Desta vez, o modelo Tiggo 8 apresentou preço médio de R$ 146 mil, margem bruta de lucro em 11,2% e giro de estoque médio de 29 dias. Já o Tiggo 5x fechou o mês com preço médio de R$103 mil, margem em 9.1% e giro médio de 25 dias.
O Toyota Corolla, novamente, também se manteve no Top 3, com preço médio de R$ 135 mil, margem de 9,7% e giro médio de estoque em 33 dias.
“Há uma mudança de comportamento entre os consumidores que deve ser entendida pelas concessionárias, sendo a aceitação dos veículos chineses cada vez maior. Muitos especialistas já apostam em um cenário que irá colocar as montadoras chinesas no centro deste mercado nos próximos anos”, afirma Fábio Braga.