Goiás completa nesta terça-feira (25/3) um ano do reconhecimento oficial de livre de febre aftosa sem vacinação. A conquista, anunciada pelo Ministério de Agricultura e Pecuária em 2024, representou um marco para a pecuária goiana. Abrindo novas oportunidades para o setor produtivo no mercado internacional.
Para alcançar o reconhecimento, o estado teve de cumprir uma série de ações sanitárias previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE/PNEFA). Com todas as exigências e as orientações atendidas, resultou na retirada da imunização há mais de dois anos. A última campanha de vacinação do rebanho contra a doença ocorreu em novembro de 2022.
O presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Ricardo Caixeta Ramos, destaca que a vacinação contra febre aftosa não acontece mais no Estado. Mas o trabalho de vigilância é contínuo. A Agrodefesa vem intensificando a fiscalização nas fronteiras estaduais, a implementação de ações educativas junto aos pecuaristas e o aprimoramento dos sistemas de rastreabilidade do rebanho.
“A retirada da vacinação foi um passo estratégico para a pecuária goiana. Com o status sanitário consolidado, Goiás está cada vez mais competitivo no cenário internacional, o que amplia as oportunidades de exportação da carne bovina e de outros produtos agropecuários”, frisa.
A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) aprovou, em 24 de fevereiro deste ano, o pedido do Brasil para o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Apesar desse avanço, a certificação depende ainda de aprovação final dos países-membros da OMSA. O resultado deve ser anunciado em maio, em Paris, na França, durante a Assembleia Geral da Organização.