quarta-feira, 9 de julho de 2025
Baixo otimismo entre varejistas já afeta os setores essenciais

Baixo otimismo entre varejistas já afeta os setores essenciais

Pesquisa da CNC realizada em abril apresentou forte queda no comparativo com o mesmo mês do ano passado

28 de abril de 2025

O baixo otimismo foi mais intenso no comércio de bens duráveis, como eletrônicos, móveis e eletrodomésticos 

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Confederação nacional do Comércio (CNC), registrou estabilidade em abril, em relação a março, mantendo-se no patamar dos 101,7 pontos, descontados os efeitos sazonais.

No entanto, o resultado representa uma queda acentuada no comparativo com abril do ano passado, de 8,2%, puxado principalmente pelo baixo otimismo com as condições atuais da economia, subindicador medido pelo índice que registou queda de 24,8 na variação anual.

Apesar disso, houve leve alta mensal de componentes como as condições atuais gerais (0,8%) e intenções de investimento (0,1%), que mesmo assim não foram capazes de reverter a cautela do empresariado com a atual conjuntura econômica.

Pessimismo

O baixo otimismo foi mais intenso entre os empresários do comércio de bens duráveis, como eletrônicos, móveis, eletrodomésticos e veículos. Este segmento apresentou a maior retração anual no índice geral (-10,2%) e liderou a queda do sentimento sobre as condições atuais (-14,8%).

Até setores tradicionalmente menos afetados pela sazonalidade, como supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, recuaram e já operam em patamar considerado pessimista pelo Icec, com 97,8 pontos.

Investimentos

Mesmo com tímidas altas mensais, as intenções de investimento caíram 2,4% em relação ao ano anterior. A projeção de contratação de funcionários caiu 2,4%, enquanto os investimentos em estoques, em 1,1%, no comparativo com abril de 2024.

O levantamento demonstrou, ainda, que as expectativas para os próximos meses também retraíram (0,5% no mês e 8,9% no ano), apesar de ainda permanecerem em nível considerado otimista, com 128,4 pontos. A avaliação sugere que os empresários estão mais preocupados com o presente do que com o futuro imediato

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