terça-feira, 13 de maio de 2025
Mercado prevê alta de meio ponto nos juros básicos

Mercado prevê alta de meio ponto nos juros básicos

O Copom se reúne nesta nesta terça e quarta-feira para definir os juros básicos da economia brasileira.

5 de maio de 2025

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a taxa básica de juros, a Selic, tenha uma nova alta nesta semana de 0,5 ponto e chegue a 14,75% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nesta nesta terça (6/5) e quarta-feira (7/5) para definir os juros básicos da economia.

Entretanto, a expectativa do mercado é que esta seja a última alta da Selic este ano.

A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (5/5), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC sobre os principais indicadores econômicos. Em sua última reunião, em março, o Copom elevou a taxa pela quinta vez consecutiva para 14,25% ao ano.

Ciclo

Se confirmada, a nova alta deve consolidar um ciclo de contração na política monetária do país. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado. Com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e três de 1 ponto percentual.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2025 em 14,75% ao ano. Deve começar a sofrer redução somente em 2026, para quando estimativa é que a taxa básica caia para 12,5% ao ano até dezembro do próximo ano. Ou seja: ainda assim, ficará mais alta que a Selic que vigorava em meados de 2024.

Inflação

A taxa básica é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Na reunião de março, Copom informou que elevará a taxa Selic “em menor magnitude” na reunião desta semana, mas não deixou pistas para o que acontecerá depois disso.

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou para 5,53% este ano. Portanto, ainda cima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em março, o IPCA fechou em 0,56%, acumulando em 12 meses 5,48%.

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