A Tambaqui do Cerrado tem 11 pontos em Goiânia, Senador Canedo e Anápolis e planos de chegar em outros estados.
O engenheiro civil Rafael Barreira Vilarindo nasceu no Piauí, numa família humilde, mas se considera goianiense. E sempre sonhou em ter o próprio negócio. Na época de estudante, na Universidade Federal de Goiás, chegou a trabalhar como ambulante. Vendia bebidas no Estádio Serra Dourada em dias de jogos, para garantir renda e bancar suas despesas.
Quando concluiu o curso universitário, passou num concurso público federal na Superintendência da Zona Franca de Manaus e mudou-se para a capital amazonense. De acordo com ele, lá conheceu a esposa Cintia Gonçalves e passou a incorporar o peixe em sua dieta alimentar.
Todavia, ao retornar para Goiânia em 2019, o casal teve dificuldade de encontrar peixe feito à moda amazonense para comprar. Então, veio a ideia de vender peixe assado à moda de Manaus nos finais de semana em pontos estratégicos da cidade. Pois o filé do peixe sem espinhos, vem com arroz branco e baião de dois, farinha, vinagrete à base de folhagens e banana frita.
Em suma, em outubro de 2021, o casal criou a miniempresa Tambaqui do Cerrado. Depois entrou na sociedade o amigo Anderson Esteves Cavalcante, quando abriram a Tambaqui do Amazonas. No começo, era apenas um ponto de vendas de peixe assado numa barraca improvisada, montada nos finais de semana, na Avenida Rio Verde, em Aparecida de Goiânia.
Mas, à medida que a demanda pelo peixe assado crescia, a Tambaqui do Cerrado se expandia. Hoje, a empresa tem 11 pontos de vendas, nos finais de semana e feriados, nos setores Oeste, Nova Suíça, Vila Rosa, Parque das Laranjeiras, Parque das Flores e Goiânia 2. E ainda, no Bairro Jundiaí em Anápolis e na Avenida Dom Emanuel, em Senador Canedo.
De segunda a sexta-feira, a empresa se faz presente nas feiras realizadas à noite nos principais condomínios fechados de Goiânia, como os Jardins, Aldeia do Vale, Alphaville e outros. Por semana, vende em média 1,2 tonelada de peixe assado sem espinhos.
“Este é o nosso grande diferencial do produto da Tambaqui do Cerrado e da Tambaqui do Amazonas. Além do tempero que tem a supervisão da Cintia”, destaca Rafael Vilarindo. O peixe, de fornecedor de Rondônia, é preparado numa mini-indústria da empresa localizada no Bairro Feliz, em Goiânia. No início, o preparo era feito numa garagem improvisada.
Contudo, Rafael lembra que, no começo, nada era fácil. “Enfrentamos muitos desafios. O medo de não dar certo era constante. Mas, persistimos e estamos vencendo. Apesar da falta de mão de obra e da escassez do peixe”, relata o empresário.
Rafael ressalta também que gosta muito do seu emprego público. Por causa dele, lembra, que conseguiu o primeiro empréstimo, que lhe permitiu criar a empresa. Em cinco anos, estima, já investiram cerca de R$ 300 mil no negócio. “Todo o nosso lucro é reinvestido no negócio”, conta.
O projeto, ainda para este ano, dos sócios da Tambaqui do Cerrado é levar a empresa nos finais de semana e feriados para Brasília. “Estamos analisando os pontos para montar as barracas itinerantes”, conta Rafael.
A médio prazo, os sócios pretendem abrir um restaurante com a sua marca em Goiânia. E, no futuro, expandirem a empresa para outros estados. Também está nos planos instituir, uma vez por mês, o dia do peixe na mesa, quando a rede Tambaqui planeja levar o seu produto até os moradores de condomínios verticais.
“Agora vamos pagar as dívidas que fizemos para criar o negócio e depois dar novos passos”, afirma o empreendedor. A Tambaqui do Cerrado e a Tambaqui do Amazonas têm 10 colaboradores em seu quadro de funcionários, além de outros 15 que trabalham em regime de freelancer nos finais de semana e feriados.
Que orgulho, fiz parte da história. A cada dia só cresceu mais