sexta-feira, 20 de junho de 2025
Consumo da ‘geração prateada’ deve chegar a R$ 3,8 trilhões

Consumo da ‘geração prateada’ deve chegar a R$ 3,8 trilhões

O consumo da população com 50 anos ou mais foi de R$ 1,8 trilhão em 2024 e poderá chegar a R$ 3,8 trilhões em 2044.

5 de junho de 2025

A economia prateada no Brasil irá duplicar em 20 anos. O consumo da população com 50 anos ou mais foi de R$ 1,8 trilhão em 2024, e poderá chegar a R$ 3,8 trilhões em 2044, representando 35% do consumo total. Atualmente, ele corresponde a 24% do consumo total.

Segundo revela a pesquisa “Mercado Prateado: consumo dos brasileiros 50+ e projeções”, realizada pela Data8. O estudo dimensiona a cesta de consumo da população madura a partir de uma perspectiva econômica e setorial no Brasil.

Apesar do grande potencial de consumo, o recorte de gênero também atravessa a população madura e impacta o consumo feminino. As mulheres prateadas consomem, em média, R$ 3 mil a menos por ano que os homens de sua geração. Mensalmente, o consumo per capita entre homens é de R$ 4.383, enquanto entre as mulheres é de R$ 4.124.

O Centro-Oeste é a região onde os prateados registram o maior consumo per capita mensal de produtos e serviços. Destacando-se o setor de transporte, que chega a consumir R$ 360 por mês da cesta dos maduros (50 anos ou mais), incluindo aquisição e manutenção de veículos, transporte urbano e viagens esporádicas.

No Sudeste, o maior consumo mensal é de serviços e produtos de saúde – R$ 293 mensais. E, no Sul, o maior consumo mensal é no setor de transportes, com R$ 328 mensais. No Norte e Nordeste, o menor consumo per capita mensal apresenta um cenário mais expressivo em alimentação (média de R$ 322 mensais); higiene e cuidados pessoais (média de R$ 77 mensais).

Principal fonte

No Brasil, 76% dos brasileiros acima de 50 anos são responsáveis pela principal fonte de renda da família. Mesmo assim, 54% deles não se sentem representados pela mídia e pelas marcas. Além disso, 4 em cada 10 brasileiros nesta faixa etária não encontram produtos e serviços voltados para demandas da sua idade.

Tal invisibilidade acaba sendo refletida nas decisões de compras. A população abaixo dos 50 movimenta diferentes setores como vestuário, transporte, educação, higiene e cuidados pessoais. Já os principais setores de consumo dos prateados são focados em suas necessidades básicas, como moradia, alimentação, transporte e saúde.

Segundo o estudo, um consumidor de 80 anos ou mais, comparado a outro entre 50 e 54 anos, tem, em média, um consumo mensal similar em valor. Mas distinto quanto às suas demandas, chegando a gastar quase o dobro em serviços de saúde.

Esta distinção também é refletida entre os gêneros: enquanto as mulheres investem 15% em saúde por mês, esse valor é de 14% para os homens. E, enquanto eles investem 17% do consumo mensal em transportes, esse número cai para 14% entre as mulheres.

Mulheres

“O Brasil Prateado é feminino. As mulheres vivem, em média, sete anos a mais que os homens, e isso reflete diretamente em seus hábitos de consumo. Elas investem mais em saúde, priorizam o autocuidado e seguem exercendo um papel central no cuidado com toda a família”, afirma Cléa Klouri, cofundadora do Data8 e uma das coordenadoras da pesquisa.

Segundo ela, são as mulheres que tomam as decisões de consumo, não apenas em relação a si mesmas, mas também no que diz respeito às pessoas ao seu redor. “São as prateadas que definem prioridades e movem o mercado, mesmo quando não estão no centro das campanhas”, destaca.

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