Pesquisa do IBGE indica que setor industrial goiano estabeleceu novos recordes no número de empresas e de empregados.
Goiás é o sétimo estado com o maior número de unidades industriais no país. Além disso, lidera na Região Centro-Oeste, respondendo por 50,8% do total de unidades industriais. Segundo revela a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (25/6) pelo IBGE.
A pesquisa destaca que Goiás registrou novos recordes no número de unidades locais de empresas e no contingente de pessoas ocupadas no setor. Em 2023, o estado contava com 7.656 indústrias com cinco ou mais pessoas ocupadas. Representa aumento de 8,6% em relação a 2022 e de 6,3% em comparação com 2013.
Essas unidades locais com cinco ou mais pessoas ocupadas geraram R$ 204,5 bilhões em receita líquida de vendas. Também pagaram um total de R$ 11,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações para 261,2 mil trabalhadores.
Além disso, geraram um valor bruto de produção industrial de R$ 198 bilhões, ao passo que tiveram R$ 133,9 bilhões em custos das operações industriais. Além desses resultados, a atividade industrial goiana gerou um total de R$ 64,1 bilhões em valor de transformação industrial.
O número de pessoas ocupadas nas unidades industriais em Goiás também foi recorde em 2023: 261.208 trabalhadores. Um crescimento de 2,3% em comparação a 2022, quando foram registradas 255.347 mil pessoas ocupadas.
Para este contingente, foram pagos R$ 11,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Com rendimento médio mensal de R$ 3.399,84. Ou seja, as indústrias goianas pagaram em média 2,59 salários mínimos por trabalhador em 2023. Um aumento de 2% em relação ao salário médio pago em 2022.
No Brasil, o valor médio pago pelas indústrias aos trabalhadores chegou a 3,14 salários mínimos.
A Indústria de Transformação foi a principal responsável pelo Valor da Transformação Industrial (VTI) em Goiás em 2023. Totalizando R$ 61,4 bilhões, o que corresponde a 95,8% do VTI estadual.
A atividade que apresentou maior destaque foi a indústria de produtos alimentícios (R$ 29,1 bilhões). Sozinha respondeu por 45,5% do valor de transformação industrial de todo estado.
Além disso, essa atividade contava com o maior número de unidades locais (1.503 unidades), 19,6% do total do estado; com a maior participação em pessoal ocupado (36,0% do pessoal ocupado); 33,7% dos salários, retiradas e outras remunerações e 53,5% da receita líquida industrial do estado.
Em 2023, no ranking do valor de produção, o produto tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, inclusive cascas, palhas e outros resíduos dessa extração, manteve-se em primeiro lugar no estado. Com um valor de produção de R$ 15,9 bilhões.
Carnes de bovinos frescas ou refrigeradas se mantiveram em segundo lugar, com produção de R$ 12,1 bilhões.
O álcool etílico (etanol) não desnaturado, com teor alcoólico em volume maior ou igual a 80%, anidro ou hidratado para fins carburantes ficou com a terceira colocação no ranking, com valor de produção de R$ 9,3 bilhões.