quarta-feira, 16 de julho de 2025
Desemprego tem a menor taxa no Brasil desde 2012

Desemprego tem a menor taxa no Brasil desde 2012

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% trimestre encerrado em maio.

27 de junho de 2025

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, o menor registrado desde 2012. Além disso, está próxima do menor índice já apurado, 6,1%, no trimestre encerrado em novembro de 2024. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre anterior, encerrado em fevereiro deste ano, a taxa era de 6,8%. Já no mesmo período do ano passado, 7,1%.

Além de ser recorde para o período, o IBGE aponta que outros dados da pesquisa são também os melhores já registrados. Como o patamar de empregados com carteira assinada, o rendimento do trabalhador, a massa salarial do país e o menor nível de desalentados – pessoas que, por desmotivação, sequer procuram emprego – desde 2016.

Rendimento

A desocupação de 6,2% no trimestre representa 6,8 milhões de pessoas. Esse contingente fica 12,3% abaixo do apurado no mesmo período do ano passado. Ou seja, redução de 955 mil pessoas à procura de emprego. O Brasil terminou o período com 103,9 milhões pessoas ocupadas, alta de 1,2% ante o trimestre anterior.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado foi recorde: 39,8 milhões, crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. O IBGE estima que a taxa de informalidade ficou em 37,8%, com 39,3 milhões de informais.

O rendimento médio do brasileiro também bateu novo recorde: R$ 3.457, valor 3,1% superior quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimentos – total de salários recebido pelos brasileiros –atingiu R$ 354,6 bilhões.

Impacto dos juros

De acordo com o analista da pesquisa William Kratochwill os dados mostram a economia aquecida, resistente a questões externas do mercado do trabalho. Segundo ele, as informações retratam que efeitos da política monetária (juro alto) ainda não afetou o nível de emprego. “Observando os dados, está claro que o mercado de trabalho continua avançando, resistindo”, disse.

Ele acrescenta que é esperado para os trimestres mais próximos do fim do ano novos recuos na taxa de desocupação. “Como estamos com economia aquecida, o que vem pela frente vai depender muito das políticas econômicas”, apontou.

Desde setembro do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) tem mantido trajetória de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, de forma a conter a inflação, que está acima da meta do governo. A inflação oficial acumula 5,32% em doze meses, acima da meta, que tem tolerância até 4,5%.

O juro mais alto – atualmente em 15% ao ano – encarece o crédito, de forma que desestimula o consumo e investimentos produtivos, o que tende a, por um lado, frear a inflação; por outro, desaquecer a economia e o nível de emprego.

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