Após subir quase 30% em 2024, o dólar tem registrado queda desde setembro. Mas analistas preveem outro cenário para 2026.
O real tem registrado forte valorização neste ano perante ao dólar. Desde janeiro, a moeda norte-americana registra queda acumulada de 11,6%. Nesta terça-feira (1/7), fechou com leve alta de 0,5%, a R$ 5,47, por conta da polêmica sobre a judicialização do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
A decisão do governo de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter o decreto que elevou o IOF pressionou o câmbio. Isso porque o mercado financeiro apoia a derrubada do decreto.
Outro fator que pressionou a elevação da moeda norte-americana foi a realização de lucros por meio de investidores que aproveitaram a cotação barata para comprar dólares.
Fatores externos também pressionaram o câmbio. A divulgação de dados da economia dos Estados Unidos, com produção industrial dentro do esperado e criação de empregos acima do previsto, fez o dólar subir perante moedas de países emergentes.
Após subir quase 30% em 2024, quando superou a barreira dos R$ 6,00 e atingiu o maior valor nominal da história, o dólar tem registrado queda desde setembro passado. Boa parte dos analistas vê espaço para a moeda americana descer a R$ 5,40 neste ano. Principalmente por conta da alta dos juros básicos do Banco Central.
Entretanto, analistas afirmam que a valorização do real pode sofrer novo revés no final deste ano ou início de 2026. Por conta da crise fiscal nas contas do governo federal e também expectativas em relação a eleição presidencial. Além de fatores externos, como a política econômica dos EUA e tensões geopolíticas.