segunda-feira, 29 de abril de 2024
Cresce número de mulheres empresárias em Goiás

Cresce número de mulheres empresárias em Goiás

As mulheres têm se tornado cada vez mais donas do próprio negócio em Goiás, onde 42% das empresas abertas em 2022 foram por elas.

7 de março de 2023

Fabiana Silva Cavalcante é personal organizer e pensa em ter sua própria equipe

Fabiana Silva Cavalcante tinha 35 anos de idade quando decidiu abandonar a carreira na área da computação e criar o próprio negócio como forma de conciliar trabalho e maternidade. Se tornou personal organizer. Além de executar as tarefas nas casas de clientes e ser mentora de novos profissionais da área, é também responsável pelo comercial, marketing e finanças de sua empresa, a Fabi Cavalcante Personal Organizer. “No futuro penso em ter a minha própria equipe, pois acredito o empreendedorismo é o caminho de todos os trabalhadores”, afirma.

A empresária Fabiana Silva é exemplo de um fenômeno em Goiás: as mulheres têm se tornado cada vez mais donas do próprio negócio. E ainda buscam conciliar a maternidade e o convívio familiar. No ano passado, 42% das empresas constituídas no Estado foram por pessoas do sexo feminino. É um porcentual bem superior ao de 1980 (21%), por exemplo. Das 3,7 milhões de mulheres goianas, 39% (1,435 milhão) estão empregadas ou trabalham por conta própria ou são empreendedoras.

Este é o retrato do estudo Perfil da Empreendedora Goiana, elaborado pelo Sebrae Goiás em parceria com a UFG e colaboração da Escola Superior Associada de Goiânia e da JUCEG. O estudo mostrou que as mulheres empreendedoras permanecem sendo a maioria na categoria serviços domésticos (93%). Seguido de atividades de atenção à saúde humana integrada com assistência social prestada em residências coletivas e particulares, com 80%. Quase a totalidade das empresas é individual na natureza jurídica. A idade média das empreendedoras é de 41 anos.

As cidades com o maior número de empreendedoras, proporcional à população total, são Mimoso de Goiás (55%), Lagoa Santa (55%), Nova Iguaçu (51%), Gouverlândia (51%) e Alto Paraíso (50%).

Desafios

Um ponto que chamou a atenção da coordenadora da pesquisa e analista do Sebrae, Polyanna Marques Cardoso, é que quanto maior o grau de estudo da empreendedora, mais elevada é a sua renda. A renda média por perfil ocupacional da dona do negócio é de R$ 4.396,20, enquanto o da trabalhadora por conta própria é de R$ 1.383,60. A da empregada é de R$ 1.996,90.

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, afirma que o estudo serve de parâmetros para a definição de políticas públicas. Frisou que o grande desafio é trabalhar para elevar o grau de instrução das empreendedoras goianas. Além disso, o Sebrae trabalha, também, no incentivo de capacitação e oferece ferramentas para que as empreendedoras saiam da informalidade.

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