sábado, 26 de outubro de 2024
Produção industrial cresce 4,1% em junho, diz IBGE

Produção industrial cresce 4,1% em junho, diz IBGE

Retomada da indústria do Rio Grande do Sul ajudou no resultado positivo do setor no país

2 de agosto de 2024

A produção industrial brasileira cresceu 4,1% na passagem de maio para junho. Além de interromper dois meses de queda, o resultado é o maior já registrado desde julho de 2020, quando houve expansão de 9,1%.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta é de 3,2%. Comparando os meses de junho, o resultado é o maior também desde 2020, quando havia avançado 10%.

No primeiro semestre, a atividade industrial brasileira registra expansão de 2,6%. No acumulado de 12 meses, o desempenho positivo é de 1,5%.

Chuvas e enchentes

O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, explica que o resultado expressivo de junho é impulsionado não só pela base de comparação, que tinha recuado 1,8% nos dois meses anteriores, abril e maio.

Mas também pela volta da produção em várias unidades afetadas pelas enchentes que atingiram fábricas no Rio Grande do Sul em abril e maio. “Plantas que estavam paralisadas ou com produção muito baixa em maio voltam no mês de junho”, explica.

Setores

Entre maio e junho, 16 das 25 atividades apuradas pelo IBGE apresentaram desempenho positivo, com destaque para a produção de coque (tipo de combustível derivado do carvão), derivados do petróleo e biocombustíveis (4%), produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).

O setor de produtos alimentícios, que representa 15% da atividade industrial brasileira, avançou 2,7%. “Houve alta na produção de produtos importantes, como açúcar, produtos derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves”, indica o IBGE.

Na indústria extrativa, que subiu 2,5%, os dois produtos de maior importância dentro da atividade mostraram expansão: minério de ferro e petróleo.

Outras contribuições positivas relevantes foram metalurgia (5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,1%), bebidas (3,5%), máquinas e equipamentos (2,4%), produtos do fumo (19,8%) e celulose, papel e produtos de papel (1,6%).

Queda

Entre as nove atividades que apontaram recuo na produção, o destaque fica com equipamentos de transportes, com redução de 5,5%.  As influências negativas sobre o resultado vêm tanto das motocicletas como da parte relacionada ao segmento de bens de capital, por exemplo, os itens embarcações e aviões.

Outras influências negativas relevantes foram na produção de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,1%), impressão e reprodução de gravações (-9,1%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,7%).

Outros períodos

Na comparação de junho 2024 com junho 2023, a indústria brasileira apresentou expansão em 18 dos 25 ramos pesquisados. Os destaques ficaram com produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (17,5%), produtos alimentícios (2,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,9%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (18,4%).

Já no acumulado de 12 meses (+1,5%), três das quatro grandes categorias estão no terreno positivo: bens semi e não duráveis (3,2%), bens intermediários (1,6%) e bens duráveis (0,7%). O único item com queda é o de bens de capital (-5,1%).

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