Inédito em Goiás, um projeto de usina híbrida, que congrega as modalidades solar e hídrica, foi lançado pela Engie e pelo Grupo BC Energia nesta terça-feira, 24, durante o 3º Encontro de Agentes do Setor Elétrico no Centro-Oeste, que reuniu representantes do setor público e players locais e nacionais do mercado de geração de energia. […]
Inédito em Goiás, um projeto de usina híbrida, que congrega as modalidades solar e hídrica, foi lançado pela Engie e pelo Grupo BC Energia nesta terça-feira, 24, durante o 3º Encontro de Agentes do Setor Elétrico no Centro-Oeste, que reuniu representantes do setor público e players locais e nacionais do mercado de geração de energia. A previsão de entrega é fevereiro de 2019, conforme informou o diretor de Operações da ENGIE, Rodrigo Kimura, ao EMPREENDER EM GOIÁS.
A empresa é a responsável pela parte solar, em que foram investidos R$ 4,3 milhões, e cuida da construção, fornecimento de equipamentos e testes para entrada em operação. O montante total é de R$ 15 milhões. “O parque híbrido vai gerar 10 mil megawatts/hora por ano. Sendo 8 mil megawatts da fonte hídrica e 2 mil da solar. Em termos comparativos, atenderia a demanda de 33 mil residências”, explica.
A energia produzida, detalha o diretor de Operações, será entregue a três grupos varejistas que atuam em Goiás, para beneficiar 142 lojas por meio da compensação. Com esse sistema, o excedente de energia não consumido no momento da geração é transformado em créditos junto à concessionária para consumo futuro. O número é equivalente a 20% das atuais unidades de Geração Distribuída de Goiás. “É um projeto inovador que faz com que Goiás se posicione de maneira diferenciada no Brasil. É energia limpa, a custo competitivo, que motivou os empresários a fecharem o contrato para essa compra de energia”, frisa.
A usina híbrida será implantada em uma área de 14.000 metros quadrados, com 3.780 módulos solares, no Complexo Rio Bonito, em Caiapônia, distante 380 quilômetros de Goiânia, que pertente à BC Energia. A empresa atua no setor desde 2014. A planta vai trabalhar de forma conjunta com as duas hidrelétricas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) que já existem no local, com potência total instalada de 1.900 kVA, como detalha o vice-presidente da BC Energia, Carlos Cunha.
“É um projeto pioneiro, inédito em Goiás. A ideia, na geração distribuída de fontes complementares, é que a usina solar tenha geração intermitente, completada com outras fontes. E a hídrica é excelente e de baixo custo. E, principalmente, estamos falando de energia limpa, renovável, e com baixo impacto ambiental”, frisa.
Kimura explica que a combinação entre energia solar e hídrica dá maior estabilidade ao processo produtivo. “Com a geração solar atuando, é possível poupar a geração pela fonte hídrica, como em períodos de estiagem. Projetos assim são interessantes porque as duas fontes que são totalmente sinérgicas”, exemplifica.
Agronegócio
O vice-presidente Comercial da ENGIE, Gabriel Mann, frisa que o agronegócio – um dos motores da economia goiana e brasileira – tem despertado sua atenção para projetos de geração solar distribuída.
“Temos visto um crescimento grande de interesse do Centro-Oeste por causa da relação com o agronegócio”, diz, citando uma vantagem do segmento: as linhas de financiamento que podem ser utilizadas para a implantação desse tipo de sistema, considerados como infraestrutura da propriedade rural.
O jornalista e mestre em Ciências Políticas, William Waack, falou aos participantes sobre o quadro político e econômico do país. Também participou do evento o presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
(Fotos: Paulo José)
Justo o que estou precisando, obrigada!