O presidente da Refrescos Bandeirantes , empresa do Grupo José Alves, José Alves Filho, propôs à Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (2), durante depoimento à CPI dos Incentivos Fiscais, a busca do diálogo com o setor produtivo no sentido de somar esforços para construção de um plano visando dinamizar ainda mais a economia goiana. “Goiás não […]
José Alves Filho (C): “Os empresários não querem privilégios, mas sim competitividade. Respeitamos a Assembleia Legislativa. Nosso intuito é somar forças com esta Casa”
O presidente da Refrescos Bandeirantes , empresa do Grupo José Alves, José Alves Filho, propôs à Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (2), durante depoimento à CPI dos Incentivos Fiscais, a busca do diálogo com o setor produtivo no sentido de somar esforços para construção de um plano visando dinamizar ainda mais a economia goiana.
“Goiás não pode andar para trás”, afirmou, ao manifestar certeza de que a Assembleia Legislativa vai levar ao governador Ronaldo Caiado total apoio às políticas de incentivos fiscais que foram realizadas até então e, no caso de mudanças, que sejam para melhorar as atuais regras em vigor para tornar Goiás mais competitivo, com o crescimento do Produto Interno Bruto e com o aumento do emprego, em condições de resolver os problemas fiscais e superar a atual crise.”
“Não tem projeto social que se sustente sem o lado econômico. Os trabalhadores e o setor produtivo esperam ações do governo do Estado e desta Casa Legislativa que superem os problemas fiscais decorrentes da depressão econômica de 2014 a 2017, aumentando a competitividade do Estado e garantindo o sonho do emprego dos trabalhadores. Todos nós do setor produtivo e os trabalhadores temos convicção de que a competição fiscal através dos incentivos de ICMS é o caminho do sucesso”, frisou.
Segundo ele, enquanto vários Estados ampliaram a oferta de incentivos fiscais para atrair empresas, gerar empregos, superar a crise aumentando o Produto Interno Burto (PIB), Goiás está na contramão ao promover mudanças nos programas de incentivos fiscais, o que provocou o cancelamento de novos investimentos de quase R$ 1 bilhão este ano no Estado, bem como estão forçando empresas a transferirem unidades para outras regiões. “Um dos casos é a Brasilatas, já que o Protege zerou a produtividade da empresa. Outro é a Mitsubishi que fez investimentos em Catalão para produzir 120 mil carros por ano e, atualmente, produz menos de 30 mil”, exemplificou.
José Alves lembrou que Goiás é o 7º Estado mais competitivo do País graças aos incentivos fiscais e que 600 empresas se instalaram em solo goiano ou investiram em seus parques industriais em razão de programas como Fomentar e Produzir. “Os empresários não querem privilégios, mas sim competitividade. Respeitamos a Assembleia Legislativa. Nosso intuito é somar forças com esta Casa, que sempre foi uma parceira. Ela está do nosso lado. Tenho certeza que vamos nos entender melhor para buscar uma solução visando o crescimento da economia goiana. Queremos que o governo do Estado seja bem sucedido. Estamos no mesmo barco”, frisou.
Indagado pelo relator da CPI dos Incentivos Fiscais, deputado Humberto Aidar (MDB), sobre os benefícios recebidos pela Refrescos Bandeirantes, José Alves deixou claro que a empresa só recebeu os incentivos fiscais dentro da lei. De 2008 a 2018, relatou, a Refrescos Bandeirantes recolheu R$ 1,6 bilhão em ICMS, investiu R$ 518,4 milhões, ou seja, 45% maior que o Fomentar captado líquido, que foi de R$ 365,6 milhões. Atualmente, a empresa conta com 2.804 colaboradores, dos quais 2.478 em Goiás e 326, no Tocantins.
Os deputados Helio de Sousa (PSDB), Henrique Arantes (MDB), Álvaro Guimarães (DEM), Vinicius Cirqueira (PROS), Alysson Lima (Republicanos) e Amilton Ribeiro (Patriota) se manifestaram a favor dos programas de incentivos fiscais. (Fotos: Sílvio Simões)