quinta-feira, 2 de maio de 2024
IBGE: indústria sofre a maior queda em 18 anos

IBGE: indústria sofre a maior queda em 18 anos

A produção industrial brasileira caiu 18,8% em abril frente a março de 2020, a maior retração mensal desde o início da série histórica do IBGE, em 2002. Esse é o segundo mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 26,1%. Em relação a abril de 2019, a indústria brasileira recuou 27,2%, sexta […]

3 de junho de 2020

A produção industrial brasileira caiu 18,8% em abril frente a março de 2020, a maior retração mensal desde o início da série histórica do IBGE, em 2002. Esse é o segundo mês seguido de queda na produção, acumulando nesse período perda de 26,1%. Em relação a abril de 2019, a indústria brasileira recuou 27,2%, sexta queda consecutiva e o recorde negativo da série histórica nessa comparação. A indústria acumulou redução de 8,2% no ano. No acumulado em 12 meses, a indústria recuou 2,9%.

A queda de 18,8% na passagem de março para abril de 2020 foi a mais acentuada desde o início da série histórica, que começou em janeiro de 2002. Esse resultado se refletiu na expansão do número de segmentos com taxas negativas, que atingiram todas as quatro grandes categorias econômicas e 22 dos 26 ramos pesquisados, evidenciando o aprofundamento das paralisações em diversas plantas industriais, devido ao isolamento social por conta da pandemia da COVID-19.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a março de 2020, bens de consumo duráveis, ao recuar 79,6%, teve a queda mais acentuada em abril de 2020, influenciada, em grande parte, pela menor fabricação de automóveis. Essa redução foi a mais intensa desde o início da série histórica e marcou o terceiro mês seguido de queda na produção, com perda acumulada de 84,4% nesse período.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-18,4%), de metalurgia (-28,8%), de máquinas e equipamentos (-30,8%), de bebidas (-37,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-25,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-26,4%), de produtos de metal (-26,8%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-33,8%), de outros equipamentos de transporte (-76,3%), de couro, artigos para viagem e calçados (-48,8%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-37,5%), de produtos têxteis (-38,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-26,0%), de outros produtos químicos (-7,3%), de produtos diversos (-30,6%) e de móveis (-36,7%).

Por outro lado, entre os três ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior importância para a média global foram registrados por produtos alimentícios (3,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%), com ambos voltando a crescer após recuarem no mês anterior.

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