sábado, 5 de outubro de 2024
Crise de energia já foi superada em Goiás?

Crise de energia já foi superada em Goiás?

Nos últimos anos um dos maiores problemas para o setor produtivo goiano tem sido a qualidade ou até mesmo a falta de energia elétrica, que atingiu praticamente todos os setores econômicos do Estado. Mas, neste ano, o cenário demonstrar ter melhorado. Claro, neste ano houve redução de até 10% no consumo de energia elétrica em […]

28 de junho de 2020

Uma das 23 novas subestações (menores e mais modernas) construídas pela Enel em Goiás

Nos últimos anos um dos maiores problemas para o setor produtivo goiano tem sido a qualidade ou até mesmo a falta de energia elétrica, que atingiu praticamente todos os setores econômicos do Estado. Mas, neste ano, o cenário demonstrar ter melhorado. Claro, neste ano houve redução de até 10% no consumo de energia elétrica em Goiás, principalmente no comércio, por conta das restrições às atividades econômicas com a pandemia da Covid-19. Contudo, os investimentos realizados pela Enel começam a mudar o cenário sobre a qualidade e a oferta da energia elétrica no Estado.

“Depois dos primeiros três anos de muitos problemas, a Enel tem realizado os investimentos prometidos e isso é percebido sensivelmente pelas indústrias em Goiás, com significativa redução no número de interrupções no fornecimento da energia, por exemplo. Apesar de que muito ainda precisa ser feito nos próximos três anos para garantir a energia elétrica necessária para atender toda a demanda represada hoje no Estado e, principalmente, para atender as novas demandas que serão criadas com a retomada do crescimento econômico”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel.

Os produtores rurais goianos também parecem ter deixado guardado neste ano os geradores movidos a diesel ou gasolina, comprados nos últimos anos para evitarem prejuízos com a falta de energia na zona rural. O levantamento foi feito pela OCB-GO, que tem 75 cooperativas associadas que representam mais de 35 mil cooperados no setor do agronegócio. O custo com geradores de energia, movidos a diesel ou gasolina, variava de R$ 1 mil a R$ 2 mil por mês, para um pequeno produtor de leite em Goiás, por exemplo, fora o custo com a aquisição do equipamento.

“A melhora neste ano foi significativa, com redução para quase zero das perdas e dos custos para os nossos produtores cooperados”, diz. “No período das chuvas, por exemplo, para milhares de pequenos produtores, a energia elétrica praticamente só chegava por meio dos geradores. Neste ano, com raras exceções, estes geradores ficaram desligados”, diz o vice-presidente da Cooperativa Agropecuária Mista de Piracanjuba (Coapil), Astrogildo Gonçalves Peixoto. “É sensível a melhora na zona rural do Estado”, reforça o presidente da OCB-GO, Luís Alberto Pereira.

José Luís Salas: “Enel vai investir mais R$ 3 bilhões até 2022 em Goiás”

Investimentos
A Enel Goiás informa que, nos últimos anos, triplicou o volume de investimentos na rede de energia elétrica em Goiás, para média de R$ 780 milhões por ano, comparado com as médias de investimentos realizadas na época da Celg D. Somente em obras para modernização e expansão da rede elétrica na zona rural do Estado, a empresa informa ter investido R$ 488 milhões. A empresa promete investir mais R$ 3 bilhões nos próximos três anos na melhoria e expansão da distribuição da energia em Goiás, com acréscimo de 10 mil novas conexões por ano, zerando a atual demanda.

“Sabemos que temos muito para melhorar, mas os indicadores que avaliam a qualidade da rede elétrica de Goiás avançaram muito. O sistema, por exemplo, suportou muito bem o último período chuvoso no Estado, graças aos investimentos que temos realizado na construção de novas subestações e na ampliação das existentes, além do aumento de 88% das nossas equipes de campo, que hoje têm quase 2 mil técnicos. Também dobramos os postos de operação para 61 unidades em Goiás”, afirma o presidente da empresa em Goiás, José Luís Salas.

A rede elétrica no Estado tem 240 mil quilômetros. Segundo Luís Salas, os aportes realizados desde quando a Enel assumiu a gestão da distribuição em 2017 foram direcionados para ampliação, manutenção e implantação de tecnologia, além da construção de 4,1 mil quilômetros de novas redes de distribuição de baixa, média e alta tensão. Só de expansão na oferta de energia elétrica, o executivo afirma que foi acrescentado no Estado o equivalente ao consumo de Rio Verde. “Temos investido também para modernizar esta rede, com uso de tecnologia de ponta e materiais de qualidade que vão garantir melhorias significativas no fornecimento de energia elétrica, especialmente para a zona rural”, frisa.

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