sexta-feira, 3 de maio de 2024
Juros voltam a subir por conta da inflação no Brasil

Juros voltam a subir por conta da inflação no Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu hoje (16/6), por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano. Motivo: o crescimento vigoroso nos indicadores inflacionários do País, que devem ser pressionados ainda mais por conta das tarifas de energia elétrica no segundo semestre. Os técnicos do Banco Central avaliam que […]

16 de junho de 2021

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu hoje (16/6), por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, para 4,25% ao ano. Motivo: o crescimento vigoroso nos indicadores inflacionários do País, que devem ser pressionados ainda mais por conta das tarifas de energia elétrica no segundo semestre. Os técnicos do Banco Central avaliam que os preços internos também sofrem influência de uma recuperação “robusta” da atividade econômica nos países desenvolvidos e, em menor grau, no Brasil.


Em relação à atividade econômica brasileira, apesar da intensidade da segunda onda da pandemia, os indicadores recentes continuam mostrando evolução mais positiva do que o esperado, implicando revisões relevantes nas projeções de crescimento. Os riscos para a recuperação econômica reduziram-se significativamente, avaliam os técnicos do Banco Central.


“A persistência da pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, sobretudo entre os bens industriais. Adicionalmente, a lentidão da normalização nas condições de oferta, a resiliência da demanda e implicações da deterioração do cenário hídrico sobre as tarifas de energia elétrica contribuem para manter a inflação elevada no curto prazo, a despeito da recente apreciação do real. O Comitê segue atento à evolução desses choques e seus potenciais efeitos secundários, assim como ao comportamento dos preços de serviços conforme os efeitos da vacinação sobre a economia se tornam mais significativos”, informou o Copom em nota.


A expectativa do mercado é que a inflação neste ano será de 5,8% e a cotação cambial deve encerrar 2021 em R$ 5,05 o dólar. “Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 6,25% neste ano e para 6,50% em 2022”, ressalta o Copom. Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento recente nos preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação abaixo do cenário básico.

Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco do País. O Copom reitera que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para permitir a recuperação sustentável da economia.
O Copom já adiantou que na sua próxima reunião haverá novo aumento na taxa básica de juros, no mínimo, em 0,75 ponto porcentual.

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