O governo Bolsonaro deve liberar voos comerciais em aeroportos totalmente privados, o que pode favorecer o aeroporto executivo que está em construção em Aparecida de Goiânia.
Está nos planos do governo federal editar ainda este ano um decreto para liberar voos comerciais em aeroportos totalmente privados. A informação é do secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, ao Valor Econômico. A mudança nas regras abre a perspectiva do aeroporto executivo que está sendo construído em Aparecida de Goiânia receber também voos comerciais.
Hoje, aeroportos particulares podem operar somente voos executivos. Apenas aeródromos públicos – da União, de Estados ou municípios – podem receber operações comerciais. Isso abrange as unidades administradas pela Infraero e por concessionárias.
O secretário de Aviação Civil diz que a mudança será em duas etapas. Primeiro, serão liberados voos fretados (de passageiros ou de cargas), voos alternados (quando há necessidade da aeronave buscar outro local para pousar devido a condições metereológicas adversas) e voos subregionais (aeronaves com até 19 assentos). Na segunda etapa, prevista para 2025, os aeroportos particulares seriam autorizados a receber operações comerciais das grandes companhias aéreas.
Batizado de Antares, o aeroporto executivo de Aparecida de Goiânia teve a pedra fundamental lançada no dia 19 de outubro. O empreendimento é voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas e fica numa área de 209 hectares. Ao todo, serão 2,096 milhões m² de área total, dos quais cerca de 611 mil m² de área vendável, distribuídas em 455 lotes com metragens entre 1.000 m² e 1.500 m².
A construção será dividida em cinco fases, sendo a primeira com previsão de entrega para 2024, com investimento total de R$ 100 milhões. A pista de pouso e decolagens contará com 1.800 metros de extensão por 30 de largura, capaz de receber todos os modelos de aviação geral, jatos executivos, monomotores, bimotores e até jatos do porte de um Gulfstream 650.
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