Goiás entra na rota pela extração do potássio

A crise dos fertilizantes gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia dispôs uma corrida pela extração de potássio. No Brasil, segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), 50 pedidos relacionados à extração do minério já foram solicitados e Goiás aparece nessa rota. O Estado, que importava 100% do minério, desde outubro do ano passado possui uma mina no município de Montes Claros, com a extração de potássio silicatado.

A mina em Montes Claros de Goiás é do Grupo Edem Agro-Minerais. E, segundo a companhia, a intenção é atingir 150 mil toneladas extraídas ainda este ano. A assessoria da empresa declara que “estão aprendendo com a produção e ajustando máquinas, mas no mês de junho foi produzido 19 mil toneladas”.

O presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas de Goiás e do Distrito Federal (SIEEG), Luiz Vessani, explica que o potássio silicatado é um minério com uma atuação mais lenta, demora mais para liberar no solo, mas em contrapartida, ele atua por muito mais tempo, liberando por até 10 anos. “Esse potássio natural que vem junto silício, o que é ótimo para culturas como o milho, além de outros minerais’.

Luiz Vessani declara que o enfoque dessa extração é a recuperação do solo. “Esse empreendimento foi planejado para uma agricultura moderna, que olha mais o solo do que a planta. Não foi buscado uma demanda de produção, mas sim a agricultura orgânica, alternativa e que privilegia a produção do solo”.

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