quinta-feira, 2 de maio de 2024
Preços de passagens aéreas disparam no Brasil

Preços de passagens aéreas disparam no Brasil

Apenas em 2021, as tarifas aumentaram 19,3%. Em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%.

15 de julho de 2022

Os preços das passagens aéreas no Brasil dispararam desde 2021, mostra pesquisa da startup Onfly, especializada em gestão de viagens e despesas para empresas, com base em dados da Anac. Apenas em 2021, as tarifas aumentaram 19,3%. Em 2022, até fevereiro, a alta foi de quase 15%.

As passagens aéreas foram destaque na inflação de junho, subindo 11,3% só no mês passado, segundo os dados do IPCA divulgados pelo IBGE. A inflação geral em junho foi de 0,67%. Nos últimos 12 meses, as tarifas aéreas acumulam alta de mais de 122%, isto é, mais que dobraram de preço.

Mas, para os trechos com maior tráfego de passageiros, o aumento foi ainda maior, entre três e quatro vezes. Os trechos São Paulo (Congonhas) ao Rio (Santos Dumont) e para a cidade de Belo Horizonte, rotas comerciais mais procuradas no Brasil, apresentaram as maiores variações. O preço da passagem chegou a ficar quatro vezes mais caro.

Dois foram os fatores primordiais para o grande aumento no preço dos voos nacionais. O primeiro fator foi o reajuste que as companhias aéreas realizaram no período de flexibilização e retomada das viagens pós-pandemia da Covid-19. Sejam viagens de negócios ou turismo, as empresas aéreas seguraram os valores das passagens com preços promocionais artificialmente devido à baixa demanda e procura durante a pandemia.

Efeito da guerra

Outro fator é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. As incertezas dentro do cenário macroeconômico mundial elevaram, com valores recordes, o preço do petróleo, influenciando expressivamente o preço médio do querosene de aviação (QAV). Soma-se a isto o aumento na cotação do dólar, que pressionou cada vez mais o setor da aviação, com efeitos diretos nas passagens aéreas nacional e internacional.

“Em abril de 2021, nosso tíquete médio na Onfly era de R$ 1.052,00, com ADVP (tempo de antecedência de compra) de oito dias. Atualmente, o tíquete médio está em R$ 2.155,00, com ADVP de 14 dias, o que mostra uma variação de 104% em um ano”, diz Marcelo Linhares, CEO da Onfly.

Linhares orienta que, sempre que possível, os viajantes optem pela antecedência. Com a redução dos preços promocionais, quanto antes a compra, melhor a chance de conseguir um valor menor. Também é importante usar sistemas de gestão de viagens que entregam dados em tempo real e ajudam em vários outros quesitos relacionados ao deslocamento dos colaboradores.

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