quinta-feira, 9 de maio de 2024
Desindustrialização é menor em Goiás

Desindustrialização é menor em Goiás

Somente nos últimos quatro anos, Goiás ganhou 264 novas indústrias. E convém frisar: em plena pandemia da Covid-19.

9 de setembro de 2022

Indústria de alimentos é forte em Goiás e tem registrado crescimento consistente

Um fenômeno tem despertado preocupação no Brasil: a chamada desindustrialização, com a constante queda na participação deste setor econômico no PIB brasileiro. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, em apenas dez anos, segundo o IBGE, o setor industrial perdeu 9,5 mil empresas no País. Por conta disto, cerca de 1 milhão de empregos diretos evaporaram. Entretanto, este fenômeno tem atingido a indústria goiana com menor intensidade.

Somente nos últimos quatro anos, Goiás ganhou 264 novas indústrias. E convém frisar: em plena pandemia da Covid-19. Com isso, foram gerados 40 mil novos postos de trabalho no setor entre janeiro de 2020 e junho de 2022, totalizando cerca de 287 mil empregos diretos, segundo o Instituto Mauro Borges (IMB).

A indústria goiana cresceu 4,3% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Enquanto isso, a indústria brasileira recuou 1,5%, no mesmo período. Mas nem tudo são flores: no período de doze meses, a produção industrial brasileira apresentou recuo de 2,8% enquanto a indústria goiana recuou 1,4%, segundo o IBGE.

Um dos motivos para que o processo de desindustrialização seja menor em Goiás é o perfil da sua economia. Além da diversificação. O agronegócio goiano é um dos mais fortes do Brasil, o que atrai investimentos de indústrias na área de alimentação. Este segmento tem registrado crescimento, em detrimento da média geral. Além disso, o Estado também é forte na indústria da mineração, de medicamentos, de automóveis e e de etanol.

Recuperação

O assessor executivo e economista da FIEG, Cláudio Henrique Oliveira, avalia que a indústria goiana vive uma crescente recuperação. “Principalmente, porque na época da pandemia, a atividade produtiva permaneceu aberta”, diz. Mas o economista ressalta: “A indústria goiana também tem sentido a desindustrialização. Houve nos últimos anos uma queda da sua participação no PIB estadual, um fenômeno brasileiro”.

“Só que as características da nossa produção (alimentos e medicamentos, por exemplo) têm favorecido o crescimento da indústria goiana”, frisa Cláudio Henrique. O economista avalia que setores como de alimentos, farmoquímicos e mineração têm grande potencial de crescimento.

Mas, Claudio Henrique enfatiza que existem desafios para a industrialização avançar em Goiás. “É importante que a produção tenha escoamento, valoração e acima de tudo traga riquezas como um todo para o Estado. Ou seja, o que se produz aqui gere valor para o povo goiano”, diz.

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