As ações da Equatorial lideravam o Ibovespa subindo 7,3%, com a companhia avaliada em R$ 30,3 bilhões.
As ações da Equatorial Energia dispararam nesta sexta-feira (23/9), com os investidores demonstrando entusiasmo com a aquisição da Enel Goiás (antiga Celg-D). Às 15 horas, os papéis da empresa lideravam o Ibovespa subindo 7,3%, com a companhia avaliada em R$ 30,3 bilhões.
Antes da aquisição, a companhia de energia elétrica estava avaliada em R$ 28,5 bilhões — considerando esses cálculos, o M&A poderia adicionar quase R$ 3 bilhões. Para um investidor, a aquisição da Enel Goiás tem potencial para gerar mais de 10% de valor para a Equatorial.
“É fenomenal para a Equatorial. Os caras são fora da curva”, disse um analista. Pelos termos da aquisição (R$ 1,57 bilhão pelo equity e R$ 5,7 bilhões em dívidas), o negócio com a Enel saiu a EV/Rab (a relação entre o valor de firma e a base regulatória de ativos) abaixo de 1 vez, calcularam os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso, do CIti.
Em teleconferência com investidores no início da tarde, os executivos da Equatorial ressaltaram o perfil complementar da Enel Goiás, além de adicionar um ativo operacional de menor complexidade. “A aquisição reforça o papel consolidador da Equatorial”, disse o CEO Augusto Madeira.
Com 3,3 milhões de clientes, a aquisição em Goiás amplia o consumo de energia das distribuidoras do grupo em 40%, disse o diretor de relações com investidores da companhia, Leonardo Lucas. “Com a aquisição, a Equatorial se torna o terceiro maior player de distribuição do País”, disse o RI.
Para a Enel, que vendeu o ativo à Equatorial, a transação ficou abaixo do que o grupo pretendia´ (saiba mais aqui). A intenção dos italianos era fechar um negócio mais perto de R$ 10 bilhões, considerando equity e dívida. O Itaú BBA assessorou a Enel na operação. O BTG estava com a Equatorial.
Saiba mais: Confira as prioridades da Equatorial para Goiás