segunda-feira, 6 de maio de 2024
Agência coloca Enel Goiás em ‘observação negativa’

Agência coloca Enel Goiás em ‘observação negativa’

A conclusão da aquisição da Enel Goiás pela Equatorial está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

6 de outubro de 2022

A agência de análise de risco de crédito Fitch Ratings colocou em “observação negativa” o rating nacional de longo prazo ‘AAA(bra)’ da Enel Goiás. A informação foi divulgado pelo Valor Econômico. A operação de distribuição de energia elétrica em Goiás foi vendida para a Equatorial Energia por R$ 1,6 bilhão. Além da liquidação de R$ 5,7 bilhões, referentes a dívidas da antiga estatal Celg-D (privatizada em 2017) com o grupo Enel, no prazo de até 12 meses.

A conclusão da aquisição pela Equatorial está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Caso a transação seja concluída, o rating da Enel Goiás passará a ser avaliado de acordo com os incentivos legais, estratégicos e operacionais que o grupo Equatorial terá para suportá-la, de acordo com a metodologia de vínculo entre ratings de controladoras e subsidiárias”, afirma a agência.

De acordo com a avaliação, o rating da Enel Goiás seria “diversos graus” inferior ao do grupo Equatorial. A Fitch já classifica três subsidiárias do grupo (Equatorial Pará Distribuidora de Energia, Equatorial Transmissão e Echoenergia) com o rating nacional de longo prazo ‘AA+(bra)’, Perspectiva Estável.

Perspectiva de crédito

A Fitch atribui a classificação da Enel Goiás à perspectiva de que o crédito da empresa deve se enfraquecer ao fazer parte do grupo Equatorial, devido à menor qualidade de crédito da nova companhia quando comparado ao grupo Enel Brasil.

“Ambos os grupos têm elevada escala e diversificado portfólio de ativos, assim como amplo acesso a diversas fontes de financiamento. No entanto, a Enel Brasil se beneficia de menor alavancagem financeira e da existência de incentivos que a sua controladora, a Enel Américas, teria em suportá-la, se necessário”, afirma a casa. Além disso, a Enel Goiás, sozinha, apresenta elevada alavancagem financeira.

Por outro lado, a agência avalia que a venda da operação em Goiás beneficia a a Enel Brasil. Com o dinheiro da venda, vai ter condições de manter sua estratégia de investir em geração por meio de fontes renováveis e em suas outras distribuidoras, com necessidades menores de novas captações.

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